Portimão

Município comunica o falecimento do artista Júlio Bernardo

O município de Portimão está mais pobre com o desaparecimento do artista Júlio Bernardo, falecido no dia 15 de julho, aos 97 anos de idade.

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Nascido em 1916 na freguesia de Ferragudo, Júlio Bernardo mudou-se aos oito anos para Portimão com os pais, onde se destacou na escola do professor José Buísel através dos seus desenhos e caricaturas.

Dotado de uma personalidade artística multifacetada, para além de pintor e desenhador revela-se um talentoso fotógrafo, cenógrafo e cineasta.

A sua colaboração com os grupos e coletividades da cidade levam-no a emprestar o seu cunho artístico a diversos eventos, nomeadamente na criação de cenários para festas e para os espetáculos de teatro amador, assim como na decoração de carros alegóricos em vários corsos carnavalescos realizados na cidade durante a década de 1950.

Mas será como fotógrafo e cineasta que mais se destacará, áreas em que foi reconhecido com vários prémios nacionais e internacionais, sendo de sublinhar da sua filmografia, com cerca de 30 filmes de formato reduzido, a película “Há peixe no cais”, um importante documento que dá a conhecer a azáfama e o movimento da descarga de peixe no antigo cais, enquanto símbolos da identidade local.

Pelos seus relevantes serviços, no ano de 1992 foi distinguido pela Câmara de Portimão com o Diploma de Cidadão de Mérito Municipal, tendo sido organizada pelo Museu de Portimão em 2011 a exposição “Uma Cidade, Dois Fotógrafos”, em conjunto com o fotógrafo Francisco Oliveira, na qual foram reunidas algumas das mais representativas imagens captadas por Júlio Bernardo ao longo de várias décadas enquanto atento e sensível observador do pulsar da cidade.

Nesta hora de pesar, o Município de Portimão expressa publicamente as mais sentidas condolências à família de Júlio Bernardo.

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