Desporto

Campeonato Nacional PGA no Vila Sol | Pedro Figueiredo campeão nacional, quarteirense Ricardo Santos no pódio

Pedro Figueiredo, de 22 anos, profissional apenas há um mês, conquistou o primeiro torneio do PGA Portugal Tour que disputou e juntou o título nacional de profissionais aos dois que já tinha como amador em 2007 e 2008 | Luís Figo jogou no Pro-Am

Pedro Figueiredo sagrou-se ontem (domingo) campeão nacional de profissionais, ao vencer o Campeonato Nacional PGA, torneio de 8.300 euros em prémios monetários, organizado pela PGA de Portugal no Pestana Golf Resort de Vila Sol, no Algarve.

O profissional da Quinta do Peru juntou o seu primeiro título de profissionais aos dois alcançados enquanto amador em 2007 e 2008. Têm sido poucos os jogadores capazes de vencer ambos os campeonatos e “Figgy” juntou-se a Sean Côrte-Real, Nuno Campino e Hugo Santos. Note-se que Gonçalo Pinto, em 2012, cometeu a proeza inédita de ser o 1.º classificado em ambos os Campeonatos Nacionais, num mesmo ano, mas no de profissionais não pode ficar com o título por ter ainda o estatuto de amador.

«São dois Campeonatos Nacionais, cada um com as suas características. Não ligo muito a esses recordes, mas estou orgulhoso de ter sido campeão nacional amador e profissional. Cada um vale o que vale e este foi alcançado diante de grandes jogadores. É um título com categoria», afirmou, após receber o primeiro prémio monetário da sua carreira, de 1.400 euros.

«Sinto-me bem por ter ganho o meu primeiro prémio, mas é mais simbólico. Tive a sorte de começar a minha carreira há um mês com patrocínios e não sinto a pressão de meter um “putt” para poder pagar o hotel. Veja-se como nos três primeiros torneios do Challenge Tour que joguei gastei cerca de 6 mil euros», acrescentou.

Mais importante para Pedro Figueiredo é a sensação com que sai de Vila Sol: «Dá-me confiança e motivação para o futuro. Um título de campeão nacional tem sempre prestígio e é uma sensação óptima depois de três torneios menos conseguidos no Challenge Tour».

Foi uma vitória “wire-to-wire”, como se diz na gíria do golfe, ou seja, liderando a prova do início ao fim, com o sabor especial de ir dilatando cada vez mais a sua vantagem.

Após as 69 pancadas, 3 abaixo do Par, de sexta-feira, terminou a primeira volta com 1 “shot” de vantagem do 2.º classificado, Artur Freitas. No sábado apresentou um “score” de 70 (-2) e no final da segunda volta já dispunha de 5 de avanço sobre o novo 2.º posicionado, Tiago Cruz. Hoje, repetiu o resultado de 70 (-2) e concluiu a terceira e última ronda com um fosso de 8 pancadas sobre o mesmo Tiago Cruz.

“Figgy”, de 22 anos, totalizou 209 (-7), foi o único a jogar abaixo do Par de Vila Sol nas três voltas, o único a chegar aos 54 buracos abaixo do Par, somando em três voltas 13 “birdies” e apenas 6 “bogeys”.

Mais “birdies” poderiam ter caído para o seu lado, «se tivesse estado mais concretizador nos “greens”», mas esse foi o único aspecto em que se sentiu menos bem. De resto, o discurso de hoje repetiu o dos dias anteriores, «muitos “fairways”, muitos “greens”, jogo consistente». Talvez o aspecto mais importante, ter conseguido dominar finalmente o “back-nine”, dado ter carimbado “birdies” nos buracos 14 e 15 e ter sofrido um “bogey” no 17. O “front-nine” foi, como de costume, positivo, com pancadas ganhas no 4 e no 6 e apenas 1 perdida no 7.

O antigo top-ten mundial amador, profissional há apenas um mês, nunca sentiu o título em perigo, pois deu-se ao luxo de assinar o melhor cartão do dia. E os perseguidores mais directos ficaram bem atrás: Tiago Cruz com 73 (+1) e António Rosado com 75 (+3): «O Tiago começou bem, com um “birdie” no buraco 1, mas depois teve “bogeys” no 2 e 3, pelo que, quando fiz o meu primeiro “birdie” no 4 senti-me logo mais à vontade, sempre em controlo”. Tiago Cruz terminou em 2.º com 1 acima do Par.

À excepção de Pedro Figueiredo, só mais dois jogadores bateram hoje o Par-72 do campo: o algarvio Ricardo Santos e o açoriano André Medeiros, ambos com 71 (-1).

Para Ricardo Santos, de 30 anos, o mais conceituado profissional português e o único a representar Portugal no European Tour, esta terceira volta foi importante porque foi a sua única abaixo do Par, depois de 72 e 75 nos dias anteriores e permitiu-lhe subir de 5.º para 3.º, com 2 acima do Par. Há um ano não pôde defender o título de campeão nacional conquistado em 2011 e este ano obteve, apesar de tudo, um razoável 3.º lugar.

O seu irmão mais velho, Hugo Santos, de 33 anos, defendia o título averbado no ano passado, mas uma terceira volta de 74 (+2) manteve-o no 5.º lugar, com um agregado de 5 acima do Par, empatado com Almerindo Sequeira, o treinador de Ricardo Santos.

O Gabinete de Imprensa da PGA de Portugal

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