Monchique

Rui André tenta doar terreno municipal a associação privada de que é vice-provedor!

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Em mais um episódio de lamentável oportunismo, o presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, através de uma mensagem escrita na sua página pessoal do Facebook (https://www.facebook.com/rui.andre.75?fref=ts), quis justificar o ataque que fez ao património do Município de Monchique com a proposta de cedência do direito de superfície do terreno onde existia o antigo Colégio de Santa Catarina, à Santa Casa da Misericórdia de Monchique.

Na penúltima reunião de Câmara, em 13.08.2013, o vice-presidente da Câmara, Luís Grade, confrontado com as questões colocadas pelos vereadores do PS, retirou a proposta apresentada que visava a cedência do direito de superfície do terreno onde existia o antigo Colégio de Santa Catarina, à Santa Casa da Misericórdia de Monchique, pelo período de 50 anos, por não ter conseguido justificar nem esclarecer os vereadores da oposição sobre aquelas questões, a saber:

a)      Existe ou não alguma deliberação de qualquer um dos órgãos municipais sobre o destino dos prédios em apreço?

b)      Por que razão a proposta indica do valor tributável dos prédios e não o valor inscrito no inventário do património municipal?

c)      A proposta não refere se o executivo tem ou não outras ideias ou projetos para aquele espaço.

O presidente Rui André não pode participar na discussão nem na votação desta proposta, uma vez que é parte interessada, por exercer funções na Santa Casa da Misericórdia de Monchique, como vice-provedor, tendo mostrado absoluta falta de ética ao ter ele próprio voltado a apresentar tal proposta na reunião de Câmara de 03.09.2013.

Ao contrário do que pretende fazer crer Rui André, a vereadora do PS, Graça Batalim, foi a única presente na última reunião de Câmara que saiu em defesa dos interesses do Município, porque concordando com a cedência de terrenos para construção de um Lar, não concorda com a cedência deste espaço em particular e neste momento pré-eleitoral.

Ou seja, nem a vereadora Graça Batalim nem o Partido Socialista de Monchique se opõem à cedência de terrenos para a construção de novo Lar, conforme foi referido na reunião de Câmara; opõem-se, sim, a esta forma encapotada de transmissão/alienação de propriedade em vésperas de eleições e sem ouvir a Assembleia Municipal e a população.

Por outro lado, a comunicação feita por Rui André no Facebook distorce completamente a verdade no que respeita à postura dos autarcas do Partido Socialista nos diversos órgãos, nomeadamente na Câmara e Assembleia Municipal onde efetivamente foram muitas as propostas apresentadas, que, infelizmente, caíram em cesto roto (basta consultar as atas do executivo e da assembleia municipal).

Quem de fato coloca os interesses próprios acima dos da população é Rui André!

Abaixo reproduz-se o teor da publicação colocada por Rui André na sua página pessoal no Facebook:

/”Também hoje presente à reunião de Câmara a proposta de cedência do direito de superfície do terreno onde existia o antigo Colégio de Santa Catarina, à Santa Casa da Misericórdia de Monchique para a construção de um novo Lar (Lar de Santa Catarina), de forma a dar resposta aos cerca de 350 inscritos na Valência de Lar. Infelizmente, a senhora Vereadora Graça Batalim, aproveitando a falta do seu colega de vereação socialista, António Mira, recusou participar na votação, inviabilizando desta forma o quórum para aprovação da mesma. Numa altura em que as respostas sociais são escassas, em que a Misericórdia de Monchique solicita a cedência do terreno para construir, e no momento em que a Câmara não tem capacidade financeira para dar  outro destino aquele espaço, que melhor função se poderia dar a um bocado de terra que tem sido votado ao abandono e que a Câmara comprou há mais de 15 anos?! Lamentável a postura de quem até hoje, e passados quatro anos, ainda não apresentou UMA única proposta numa reunião de câmara, venha agora sem apresentar uma outra solução, inviabilizar uma opção que dignificaria o espaço, o legado histórico daquela Instituição e poria fim a um número de episódios que o têm marcado pela negativa. Constitui também esta postura uma falta de consideração para com as pessoas inscritas e as suas famílias, assim como para com a Santa Casa da Misericórdia, seus funcionários e mesários desta instituição com mais de 500 anos. Fiquei triste por haver pessoas que põem os interesses partidários à frente dos verdadeiros interesse da população.”/

O PS de Monchique

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