Reivindicação na sequência do caso do paquete ‘Funchal’

Paquete Funchal

O sindicato OficiaisMar, organização que congrega oficiais da Marinha Mercante, apelou ontem ao Governo para que a região do Algarve ganhe um rebocador para uma maior segurança marítima.

“A costa algarvia deveria ter sempre baseado em Portimão um rebocador para que estas situações sejam completamente ultrapassadas”, defendeu Sousa Coutinho, do OficiaisMar, referindo-se ao facto do paquete Funchal não poder atracar hoje no porto de Portimão por falta de um rebocador na região. O dirigente sindical considera que o Algarve é uma “região abandonada em termos de segurança marítima”, porque não tem um “meio baseado e numa situação de crise fica à mercê das circunstâncias”. Segundo Sousa Coutinho, os oficias de mar têm reclamado ao Governo um rebocador para o Algarve. “Já esta sexta-feira, dia 03, alertámos a Secretaria de Estado dos Transportes (…) no sentido de arranjar um reboque e a Secretaria mostrou vontade e fez tentativas para ir um reboque para Portimão, mas as condições de tempo não permitiram”, recordou o sindicalista. “No inverno uma região como o Algarve devia ter sempre baseado um rebocador, mas não existe nenhum reboque no Algarve e as empresas que estão em Sines, Setúbal e Lisboa não conseguem acudir em tempo útil no porto de Portimão”, explica.

Cerca de 400 passageiros do paquete ‘Funchal’ que regressavam da Passagem de Ano na Madeira para Lisboa vão ficar retidos entre hoje e domingo ao largo da costa algarvia, porque não há um rebocador baseado no Algarve.

Por: Lusa