A deputada socialista María José Rodríguez adverte para os “graves danos” no turismo após dois anos desde a implementação do sistema na Via do Infante e recorda que o próprio executivo espanhol reconheceu o impacto negativo.
A deputada socialista e Secretária de política institucional do PSOE em Huelva, María José Rodríguez, avisou que a entrada em vigor das portagens em Portugal, na Autoestrada A22, em 8 de dezembro, é prejudicial para a nossa economia desde que o turismo vindo do país vizinho foi reduzido acentuadamente na nossa província. A este respeito, é referida uma resposta do governo central a uma pergunta da deputada com assento parlamentar, na qual reconhece “o impacto negativo da medida”.
Da mesma forma, María José Rodríguez disse que “os danos económicos estão a crescer cada vez mais” do ponto de vista dos transportes e do turismo. Assim, sublinhou que “na resposta do governo fica patente que, no caso dos estabelecimentos hoteleiros da província, há um declínio mais intenso na ocupação do que em toda a Andaluzia e em toda a Espanha”.
Por outro lado, para os turistas que entram em Espanha pela estrada de Portugal, verificou-se uma diminuição, como é refletido na resposta do governo. Nesta linha, María José Rodríguez observou que antes da implementação das portagens, anualmente, cerca de 300.000 turistas vinham para a Andaluzia, provenientes do Aeroporto de Faro, “circunstância que mudou nos últimos dois anos”.
Portanto, a deputada socialista criticou o governo central “por não apresentar nenhuma ação para impulsionar o turismo na nossa província, nem medidas para neutralizar os danos que a implementação das portagens provocam no setor. Na verdade, faz o contrário com decisões como o encerramento, em certos meses, do Parador (unidade hoteleira) de Ayamonte”. Assim, recordou que o governo “não age confrontando Portugal, já que tampouco se falou nisso na Cimeira Luso-Espanhola, nem confrontando o exterior com planos de promoção turística e específicos para a área para compensar os danos desta medida, perante a qual o governo não pode continuar mais de braços caídos”.
De acordo com María José Rodríguez, “confirmaram-se esses efeitos negativos para a economia de Huelva, especialmente para o setor do turismo”. A este respeito, salientou que a evolução mensal das pernoitas em estabelecimentos hoteleiros de Huelva é 35% mais negativa do que nos mesmos meses na Andaluzia e na Espanha”.
Por esta razão, María José Rodríguez salientou que “já passou tempo suficiente para que o governo tivesse feito esforços junto do governo de Portugal e ações para neutralizar esta medida tão negativa”.
Fonte: Diário de Huelva
Tradução para português: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve





