É apresentado amanhã, sábado, 29 de março, a partir das 19h00, no Café Calcinha, o Catálogo da Exposição “FERNANDO PINHEIRO LÁ IN LOULÉ – al-‘ulyà PINTURA – PAINTING – PEINTURE”.
Para além da apresentação das várias fases do evento, este momento contará com a projeção das imagens do catálogo e dos filmes “IKA-IKADA” e “LULA-JANGADA”, acompanhada pela pianista Paula Rocha, viola elétrica de Carlos Guadalupe, saxofone de Omar Hamido e do cantor de ópera Luís Peças (filme). Está previsto ainda um diálogo a propósito da viagem futura da Exposição que inclui o transporte do Cofre-Pintura, objeto da Cidade, que vai percorrer outras cidades entre Loulé-Lisboa-Paris-Tóquio.
Pintura Universal é o mote da Exposição de Fernando Pinheiro que, em 2013, esteve patente no Convento de Santo António, local outrora devotado ao culto, atualmente desativado, que mantém porém uma aura de silêncio e de mistério própria dos lugares investidos de uma energia própria.
“Aqui, a pintura é entendida como campo expandido, como exercício contínuo, como instrumento para a procura de uma melhor comnpreensão dos mecanismos pelos quais o mundo se organiza e os homens se relacionam.
Nesse sentido, a exposição começa antes de acedermos ao espaço, num primeiro nível com uma série de cartazes pintados à mão pelo artista espalhados pela cidade e, num segundo nível, com intervenções no espaço exterior do Convento que, de certa forma, dão o tom para aquilo que vem (um exercício de livre associação estabelecido segundo as regras próprias da composição da pintura) e estabelecem uma articulação entre duas entidades aparentemente distantes: o mundo (essa compolexa entidade em risco de derrocada) e a pintura (essa prática de representação que os incautos consideram anacrónica e distanciada da realidade).
Entre “objetos posicionados” e “planos de imagem”, aquilo que Fernando Pinheiro nos propõe é, então, um exercício de liberdade, instituindo o espaço da exposição como o espaço da experiência, por um lado, e da articulação – de ideias, de tempos, de escalas, de linguagens, de modos de ver, de gfestos – por outro. Dizendo de outra forma, da pintura enquanto linguagem universal. (Nuno Faria, Curador).
Fernando Pinheiro transporta na sua pintura as marcas de uma geração. Viveu a guerra, a imigração, o pós-Maio de 68, os debates e experiências das vanguardas artísticas, as interrogações de um mundo que vertiginosamente mudava. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian. Vive no Algarve e entre Paris e Tóquio.
Por: Município de Loulé





