“É o segundo edifício mais visitado no Algarve”, realçou Frederico Paula no Encontro promovido pelo Grupo dos Amigos de Lagos.

Frederico Paula – foto CMLagos

No Encontro de 5.ª Feira do Grupo dos Amigos de Lagos, que decorreu como habitualmente na Biblioteca Municipal, Frederico Paula, arquitecto responsável na gestão da área de Reabilitação Urbana da cidade, falou da “Igreja de Santo António e dos caminhos para a sua recuperação”.

Começando por reconhecer que “o estado em que se encontrava a abóbada da igreja se agravara e, porque é em curva e tem uma pintura perspectivada, tornava-se difícil descobrir“ a dimensão e as causa do problema, Frederico Paula explicou que, numa reunião em que estiveram presentes técnicos de várias entidades competentes, apenas um não considerou “não estarem reunidas as condições de segurança para o edifício ser visitado por grupos”, pelo que foi decidido encerrá-lo. A autarquia apressou a realização de cuidada inspecção e de pormenorizados estudos, quer por preocupação com o edifício, quer porque a impossibilidade de visitar a Igreja de Santo António, “cuja construção data de 1707”, retirara do circuito turístico lacobrigense o seu principal motivo de procura, com grande quebra das receitas do Museu anexo.

Tendo, afinal, se concluído que “a abóbada está presentemente estável e sem risco de desmoronamento, nem de queda iminente do seu revestimento”, “vai decorrer uma fase de projecto” e a Igreja de Santo António, em Lagos, voltará quanto antes a reabrir às visitas de grupo, com a devida protecção enquanto simultaneamente decorrerem as obras de restauro. Depois dessa fase, informou Frederico Paula, aproveitando as “mais de mil fotografias do registo que fora feito” e as novas capacidades perspectivadas, a igreja “passará a ter conteúdos explicativos e a possibilidade das pessoas subirem até à torre”.

Este ano sob o ciclo “Perspectiva Lagos”, os “Encontros de 5.ª Feira”, debruçam-se sobre temas de interesse regional e local, têm o apoio da Câmara Municipal e decorrem na Biblioteca Dr. Júlio Dantas, com entrada livre.

Por: Grupo dos Amigos de Lagos

 Foto: CMLagos