Loulé

Rui Cristina toma posse como líder do PSD/Loulé | Mendes Bota abordou candidatura ao Parlamento Europeu (24 fotos)

Rui Cristina

Rui Cristina

Rui Cristina tomou posse como novo líder do PSD/Loulé, bem como os restantes órgãos eleitos. A tomada de posse decorreu num jantar com casa cheia na sexta-feira, dia 11 de abril, no Restaurante “O Museu”, em Vale Covo – Boliqueime.

Irina Martins, líder da JSD/Loulé, fez o discurso introdutório, desejando um bom trabalho à nova Comissão Política de Secção do PSD/Loulé, sendo igualmente a apresentadora dos oradores.

O evento contou com as intervenções políticas de Hélder Martins, presidente cessante do PSD/Loulé; José Graça, presidente eleito para a Mesa da Concelhia do PSD; Rui Cristina, presidente eleito do PSD/Loulé; Luís Gomes, Presidente do PSD/Algarve; e Mendes Bota, deputado e candidato a Eurodeputado pela coligação PSD/CDS-PP, com uma intervenção subordinada ao tema “A Importância Excecional das próximas Eleições Europeias”. A iniciativa contou ainda com a presença de Elsa Cordeiro, deputada do PSD.

Intervenções

Hélder Martins

Hélder Martins

HÉLDER MARTINS: “Estão aqui lançadas algumas sementes para aquilo que deve ser feito para um Concelho de Loulé melhor. Não é tarefa fácil ser vereador da Câmara Municipal de Loulé, não é dirigida por alguém com mentalidade do PS mas sim de extrema esquerda. Já cá veio o Otelo e outros se seguirão. As Juntas de Freguesia ainda não têm contratos programa. A primeira preocupação foi meterem toda a gente do PS na câmara e nas empresas municipais. Pensar o Concelho e resolver os problemas não existe. Um comerciante dizia-me que a única expetativa que tem é um dia esta câmara inaugurar na principal praça da cidade uma estátua de Lenine”.

José Graça

José Graça

JOSÉ GRAÇA: “Inicia-se hoje um novo ciclo que não será um ciclo fácil porque o executivo municipal tudo fará para dificultar o nosso trabalho para que a nossa mensagem não passe. Esta Concelhia tudo fará para que Mendes Bota possa garantir a sua eleição para o Parlamento Europeu e para que Loulé tenha um resultado maior que o resultado nacional. Nas próximas eleições legislativas, o momento da economia estará melhor do que hoje. Os 2 partidos que sustentameste Governo tudo devem fazer para vencer e, como se diz na gíria partidária, não entregar o ouro ao bandido.

Ás vezes tenho dúvidas se todos os militantes do PSD são seus simpatizantes. Não consigo compreender como é que há militantes que festejam a derrota do PSD. Nestes 6 meses, que se completam no próximo dia 19, há um fator que serviu de desculpa para tudo: a situação financeira. De 31 de dezembro de 2013 para 1 de janeiro de 2014, havia 19 milhões: 12 milhões em bancos, tesouraria e garantias bancárias”, apresentando “2 indicadores: quando entrámos na câmara, a liquidez imediata de curt prazo era de 23%, ou seja, por cada Euro havia apenas 23 cêntimos disponíveis. Deixámos a liquidez em 131%. Ou seja, por cada Euro, há 1,31 Euros disponíveis e os prazos de pagamento passaram para 35 dias, quando connosco era mais curto. Estes indicadores deitam abaixo tudo o que foi dito até aqui por este executivo. Têm estado a enganar os munícipes”.

José Graça lamentou ainda que, sendo a sua a única lista para a Mesa do PSD Loulé, a mesma tenha registado no ato eleitoral “65 votos em branco e 12 nulos. O partido tem que saber unir-se e trabalhar para que daqui a 3 anos e meio possa apresentar uma candidatura vencedora”.

Rui Cristina

Rui Cristina

RUI CRISTINA: “Neste jantar colocámos a primeira pedra para um futuro com o PSD mais forte. Tudo faremos para honrar a confiança que depositaram em nós. A derrota eleitoral foi uma grande derrota deste concelho. Sabiamos que o PS não estava preparado para governar. A contratação de membros do partido para cargos de gestão não augura nada de bom. O PSD vai estar atento a estas e a outras práticas. Podemos fazer a diferença e isso dá-nos uma motivação muito grande para fazermos uma oposição consistente a favor dos munícipes”.

Luís Gomes

Luís Gomes

LUÍS GOMES manifestou a sua “satisfação e regozijo por estas eleições do PSD em Loulé”, fazendo de seguida uma análise da situação económica do país, acrescentando: “À Comissão Política de Secção do PSD de Loulé é-lhe pedido um trabalho de credibilidade. É esse trabalho que o PSD sempre faz nas autarquias, designadamente em Loulé, onde deixou marca. Mendes Bota deixou marca em 4 anos; com os 12 anos de Seruca Emídio, todos os louletanos se devem sentir orgulhosos da marca de seriedade e credibilidade. O PSD pôs sempre em primeiro lugar os louletanos e os seus interesses. Agora, é preciso começar a construir um projeto para o município e apresentá-lo em 2017. é preciso escutar as pessoas e lutar pelos seus problemas”. Abordando as próximas eleições para o parlamento Europeu, “Mendes Bota é um algarvio que honra o PSD e temos que garantir a sua eleição. É o algarvio mais bem preparado nacional e internacionalmente. O Algarve tem que ter lobby, tem que ter peso em Bruxelas e em Estrasburgo (onde existem os dois parlamentos europeus) e só com Mendes Bota podemos conseguir isso”.

Mendes Bota

Mendes Bota

MENDES BOTA: “Vejo nesta sala muitas caras conhecidas mas também uma renovação. Houve aqui uma revigoração do PSD. O partido não morreu nem vai morrer. Tem seguidores e está em ascenção”, defendendo que “não queremos um novo Fontismo (Fontes Pereira de Melo) que nos levou à bancarrota em 1889”, lembrando que a dívida dai resultante “levou 100 anos a ser paga”.

Mendes Bota recordou ainda a época das ‘vacas gordas’, em que entravam milhões e milhões no país todos os dias: “O dinheiro para a Agricultura foi para jeeps. Muita gente encheu os bolsos. Entrava dinheiro todos os dias e as pessoas pensavam que podiam gastar à vontade”, realçando: “Estarmos na Europa é fundamental para a nossa sobrevivência. Estarmos sozinhos não nos leva a lado nenhum”, apontando as “cinco questões principais” para as próximas eleições para o Parlamento Europeu: “Crescimento económico e emprego; Recuperar a centralidade perdida quando a União Europeia se aliou a Leste; Fluxos migratórios; Fundos comunitários; e Mar, Pesca, Agricultura e Floresta”.

“O Algarve está numa posição de transição (NOTA: A região (NUTS II) do Algarve é enquadrada no regime transitório do Objectivo Convergência, designado Phasing-out Estatístico). No próximo QCA vamos duplicar as verbas que vêm. Esse dinheiro tem que vir para o Algarve, para os empresários, para as empresas. As prioridades Mar, Pesca, Agricultura e Floresta coincidem com as nossas prioridades. Queremos apostar no Turismo mas também nos setores prioritários da União Europeia para o futuro”.

Abordando o seu 9.º lugar na lista do PSD para o PE, Mendes Bota lembrou que Portugal elege 17 eurodeputados, sendo previzível que sejam dividiso entre a coligação PSD/CDS-PP e o PS, 9 para uns e 8 para os outros, pelo que o 9.º lugar de cada lista é o mais ingrato, sendo aquele que pode ou não ser eleito: “Passos Coelho é que me propôs este lugar. Dizem que o Algarve podia ter um lugar melhor mas este era o único possível. 2 ficaram (Paulo Rangel e Carlos Coelho), 2 são para o CDS-PP, 3 para mulheres por causa da quotas e 1 para Fernando Ruas por acordo assumido. Só restava o 9.º lugar e há muita gente que gostaria de estar no meu lugar”, sublinando que não há mais ninguém no Algarve com a sua vasta experiência europeia, designadamente no Parlamento Europeu e no Conselho da Europa mas não só, perguntando: “É ou não positivo para o Algarve ter um representante no Parlamento Europeu? Se sim, qual é o único candidato capaz de servir o Algarve? Ajudar a eleger um algarvio para o Parlamento Europeu é voltar a fazer ecoar uma voz do Algarve lá fora. Uma voz com um eco tão grande que se vai fazer ouvir de Faro a Loulé, do Algarve a Bruxelas e Estrasburgo”.

Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve

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