ANÁLISE UNIVERSIDADE PORTUCALENSE | De 2008 a 2012, a taxa bruta de divorcialidade caiu para 2,4%, registando-se menos de 30 mil divórcios por ano.
A crise económica, sustentada pelo desemprego galopante, a subida de impostos e a diminuição do nível de vida, tem conduzido, desde 2008, à redução dos divórcios em Portugal diminuísse, revela uma análise da Universidade Portucalense (UPT).
Desde 2008 até 2012, a taxa bruta de divorcialidade caiu para 2,4%, sendo que, o registo de divórcios nas Conservatórias de Registo Civil portuguesas, entre 2011 e 2012, revelam que foram 25 380 os casos de divórcios.
“Estes números mostram-nos que, muitos casais, retardam o divórcio para poderem fazer frente às dificuldades financeiras. Sem dinheiro para enfrentar o próprio processo de divórcio e, muitas vezes para pagar as próprias despesas diárias, os casais optam por suportar morar debaixo do mesmo teto”, afirma o autor do estudo José Augusto Silva Lopes, docente do Departamento de Direito (DD) da UPT.
O decréscimo no número de divórcios em Portugal, levou a que a média de duração de casamento subisse de 14,3 para 15,7 anos.
“A estabilidade financeira, para quem a possuía, foi abalada, tornando-se melindrosa e contornada por um sufoco tão agudo que asfixiou muitas famílias portuguesas. Fazer as contas em tempos de crise é obter um só resultado: não fazer as malas”, explica o docente.
Recorde-se que, de acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego no terceiro semestre de 2013 atingiu o valor de 15,6%, tendo chegado, inclusivamente, a superar esse valor.
Por: Press Media
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