A ALGAR, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento dos Resíduos Sólidos, que engloba os 16 Municípios da região, desenvolve estratégia para a época balnear e prepara-se para os desafios previstos no âmbito do novo Plano Estratégico dos Resíduos Urbanos (PERSU 2020).
A empresa dispõe para o desenvolvimento da sua atividade de Recolha Seletiva, Triagem e Valorização dos Resíduos de Embalagens, de 3 Unidades de Triagem (2 no Sotavento e 1 no Barlavento), 13 Ecocentros (Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Lagoa, Tavira, Loulé, Portimão) e mais 2500 ecopontos que se encontram distribuídos por toda a região.
Para fazer face ao período de Verão, em que a afluência da população sazonal por vezes triplica, com o consequente aumento na produção dos resíduos, a empresa promove sempre alterações significativas no processo de gestão, mobilizando todos os meios humanos e equipamentos necessários para garantir a qualidade que lhe é reconhecida nesta atividade.
Para isso a ALGAR traçou um plano de Verão que inclui aumento do número de viaturas para a recolha seletiva, garantir apoio operacional externo na Prestação de Serviços para a recolha de ecopontos e aumentar os efetivos com recurso a contratação de mão-de-obra temporária. Para além disso irá incrementar o número de contentores nos ecopontos, reforçar a recolha no Comércio e Serviços, promover campanhas de sensibilização e, dar início a um projeto-piloto de Recolha-Porta-a-Porta.
Para que a implementação deste plano seja possível, a ALGAR conta com a colaboração dos Municípios no cumprimento de práticas essenciais, nomeadamente, na maior flexibilidade dos horários de recolha, reforço da sinalética nos ecopontos, alerta para os estacionamentos abusivos que condicionam o acesso aos pontos de recolha e, ainda, o aumento do controlo e fiscalização de deposição incorreta.
Mas para que as ações previstas se concretizem é fundamental o apoio das autarquias locais.
Assim a ALGAR convidou os responsáveis dos municípios do Algarve e da CCDR para uma ampla discussão do plano de intervenção elaborado para aquele período num encontro técnico realizado nas suas instalações. Neste debate técnico conjunto, foram analisadas e identificadas as soluções e as melhorias a introduzir não só para o período de maior concentração populacional, como o Verão, como também para a continuidade do resto do ano para garantir as melhores condições de serviço junto da população residente e, da turística que sempre ocorre a esta região.
O principal objetivo foi criar uma estratégia conjunta entre todos os interlocutores diretos e com responsabilidade de representação do interesse público que operam na limpeza urbana e recolha de resíduos, procurando garantir-se uma colaboração estreita entre as equipas da ALGAR e as das Autarquias na resolução das dificuldades que sempre surgem neste período de maior concentração populacional no âmbito da atividade de recolha e triagem de resíduos.
Nesta lógica de proximidade, a ALGAR promoveu visitas às unidades de triagem da empresa, onde os técnicos das Câmaras puderam observar a receção e o manuseamento dos materiais que são recolhidos nos ecopontos. É neste local que se separam outros materiais que foram indevidamente colocados nos ecopontos e onde as embalagens sofrem uma triagem mais “fina” por tipo de material, por exemplo; os plásticos recolhidos são triados em 5 tipologias diferentes (PET, PEAD, Filme, EPS e Plásticos Mistos), às embalagens de vidro retiram-se os sacos de plástico ou outros resíduos incorretamente misturados e, ao papel/cartão faz-se o mesmo procedimento.
No final da triagem de cada fileira estes são enfardados ou acondicionados separadamente e enviados para a indústria recicladora através da entidade gestora a Sociedade Ponto Verde.
Com a contínua sensibilização da população, a ALGAR tem conseguido aumentar a quantidade de recicláveis recolhidos todos os anos.
No entanto, de acordo com a caracterização física que se efetua anualmente aos resíduos urbanos, verifica-se que existe muito material reciclável que não é objeto de separação pela população. Cerca de 30% de recicláveis são ainda depositados em conjunto com os resíduos indiferenciados em aterro, o que faz com que este seja um custo para as autarquias e consequentemente para os munícipes que veem esse valor refletido na sua fatura da água. Por isso é tão importante também a colaboração das Câmaras Municipais na sensibilização da população. Estas medidas de sensibilização pretendem ainda contribuir para as novas metas expectáveis no âmbito do novo PERSU 2020, onde se pretende para a ALGAR o crescimento dos quantitativos das embalagens recicláveis recolhidas (ecopontos) em cerca de 800 ton/ano.
É já nesta perspetiva que a ALGAR pretende começar a atuar aproveitando o verão 2014 como ponto de partida para um caminho que apenas faz se todos colaborarem. Todos juntos por um Algarve mais limpo e cada vez mais sustentável.
Sobre o PERSU 2020
A revisão ao PERSU existente suportou-se na análise do desempenho dos 23 Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (RU) do continente, onde se inclui a ALGAR, avaliando aspetos como a eficácia dos processos de recolha seletiva (tendo em conta a densidade populacional e a capitação total de RU), a eficiência dos principais processos tecnológicos que integram a cadeia valor do processamento de resíduos, (nomeadamente, a separação de materiais recicláveis na triagem) e, no tratamento mecânico e biológico associado às instalações já implementadas para o tratamento de resíduos urbanos.
Esta análise fundamenta um modelo que, pela primeira vez, irá permitir definir metas para cada Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos, quer em termos das retomas de Recolha Seletiva e metas de desvio de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) de Aterro quer em termos das metas de preparação para reutilização e reciclagem. Assenta assim em princípios de equidade e de proporcionalidade de esforço, reconhecendo as boas práticas e incentivando a um maior esforço nos casos de menor eficácia.
O estabelecimento de metas distribuídas “sistema a sistema” permite assegurar que no seu todo, seja garantido o cumprimento nacional das metas comunitárias estabelecidas.
A ALGAR
A ALGAR é responsável pela receção, transferência, tratamento e valorização dos resíduos produzidos nos Municípios de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
A ALGAR faz parte do universo empresarial do Grupo Águas de Portugal, designadamente da sub-holding para a área dos resíduos EGF, onde se processam anualmente cerca de 3,6 milhões de toneladas de resíduos urbanos (RU) produzidas em 165 municípios, servindo cerca de 63% da população de Portugal Continental.
Por: Maria-João Carolino | Gabinete de Comunicação e Imagem da Algar
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