No passado dia 5 de maio, foi apresentado, na Sala de Seminários da Reitoria da Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, um seminário para discussão dos resultados e recomendações resultantes do projeto de investigação “Estudantes Não-Tradicionais no Ensino Superior: procurar soluções para melhorar o sucesso académico”.
A investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), decorreu entre 2010 e 2013 e foi coordenada pela Universidade do Algarve, em parceria com a Universidade de Aveiro.
Sendo este um projeto pioneiro na área, em Portugal, o seu grande objetivo é compreender “a situação dos estudantes maiores de 23 anos” e “fornecer recomendações capazes de melhorar o sucesso académico destes estudantes”.
Segundo os investigadores, o que torna este projeto único e inédito é o facto de cruzar opiniões de três grupos distintos na comunidade académica: para além de terem sido ouvidos os estudantes, também os professores, diretores de curso e órgãos de gestão académica foram considerados, tornando, assim, o projeto mais completo.
Na apresentação, realizada por António Fragoso (investigador responsável) e Helena Quintas, docentes da UAlg, foram abordados os objetivos do estudo, a metodologia que foi utilizada para a sua realização, os conceitos chave para a sua compreensão, as barreiras ao sucesso académico, os fatores institucionais e processos de ensino-aprendizagem e a importância das relações sociais entre os estudantes.
Para terminar a apresentação, os investigadores revelaram as suas conclusões e recomendações para melhorar o sucesso académico dos estudantes. A formação de um gabinete de apoio ao estudante, a melhoria na natureza e funcionamento do “Ano Zero”, a criação da figura de um Tutor, a dinamização de um sistema de mentorado de pares (peer-mentoring), a formação em pedagogia universitária e a flexibilização dos serviços, são as seis principais recomendações resultantes do estudo.
António Branco, Reitor da Universidade do Algarve, encerrou a sessão assegurando aos participantes que a investigação não iria ficar por aqui. A discussão sobre a exequibilidade e utilidade das recomendações irá ampliar-se dentro da comunidade académica. Neste sentido, é de prever que nos próximos anos algumas das medidas sugeridas possam ser implementadas e testadas. Saliente-se que, aliás, a grande maioria destas recomendações foram desenhadas para beneficiar, não apenas os estudantes maiores de 23 anos, mas a população estudantil, de forma geral.
Os investigadores deste projeto mostram-se, assim, confiantes em relação aos resultados da investigação, que “poderão contribuir para a melhoria do sucesso académico dos nossos estudantes”.
Por: UAlg
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