Hoje, dia 28 de maio, pelas 11h00, dirigentes, delegados e activistas sindicais concentraram-se em frente à Associação Patronal do sector da hotelaria (AIHSA) para exigirem o aumento dos salários.
Ao mesmo tempo que recusa o aumento dos salários, que não são aumentados desde 2009, o patronato pretende retirar direitos importantes consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho, nomeadamente no que diz respeito a horários, folgas, férias e faltas que passariam a ser reguladas pelo Código do Trabalho, bem como a criação de um banco de horas, que iria, em muito, reduzir a retribuição dos trabalhadores.
A crise está aí mas não é para todos! O sector, ao contrário do que querem fazer crer, vive uma boa situação económica com crescimentos consecutivos das dormidas e proveitos ao longo dos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 e, por isso, não há razão para não se melhorarem os salários dos trabalhadores e das trabalhadoras do sector.
Desde 2009, último ano em que se actualizaram as tabelas salariais, os trabalhadores sofreram um brutal aumento do custo de vida. Só nos últimos três anos, período do “Acordo de Agressão” do PS, PSD e CDS, a inflação atingiu 7,84% e o aumento da carga fiscal sobre o trabalho, resultante da alteração dos escalões e taxas do IRS, representou uma diminuição salarial de 8,3%.
A proposta de um aumento dos salários em 3% para todos os trabalhadores, com um mínimo de 30€, ou seja, um 1€ por dia, que apresentámos à Associação Patronal (AIHSA) é viável, é justo e existem condições económicas no sector para que seja aceite.
No final da acção foi aprovada uma moção de compromisso da continuação da luta, nomeadamente com acções em frente às unidades hoteleiras.
MOÇÃO
- Considerando que a AIHSA, apoiando-se nas políticas anti-laborais e anti-sociais do Governo PSD/CDS, pretende retirar direitos importantes consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho, nomeadamente no que diz respeito a horários, folgas, férias e faltas que passariam a ser reguladas pelo Código do Trabalho, bem como a criação de um banco de horas, que iria, em muito, reduzir a retribuição dos trabalhadores.
- Considerando que o sector, ao contrário do que querem fazer crer, vive uma situação económica com crescimentos consecutivos ao longo dos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013 e que, por isso e tendo em conta a necessidade urgente de aumentar o poder de compra dos trabalhadores para dinamizar o mercado interno e fomentar o crescimento económico, é possível e necessário aumentar os salários.
- Considerando que desde 2009, último ano em que se actualizaram as tabelas salariais, os trabalhadores sofreram um brutal aumento do custo de vida e que só nos últimos três anos, período do “Acordo de Agressão” do PS, PSD e CDS, a inflação atingiu 7,84% e o aumento da carga fiscal sobre o trabalho, resultante da alteração dos escalões e taxas do IRS, representou uma diminuição salarial de 8,3%.
- Considerando que a proposta de um aumento de 3% dos salários para todos os trabalhadores, com um mínimo de 30€, ou seja, um 1€ por dia, que apresentámos à Associação Patronal (AIHSA) é viável, é justo e que existem condições económicas no sector para que este seja aceite.
Os dirigentes, delegados e activistas sindicais concentrados em Faro em frente à Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve, no dia 28 de Maio de 2014, decidem:
- Reforçar o pedido de reunião feito pela FESAHT à AIHSA para discutir alterações ao CCT com prioridade à proposta de aumentos salariais feita no passado dia 06 de Maio;
- Intensificar a acção sindical integrada nas empresas e locais de trabalho no sentido de reforçar a organização sindical de base e mobilizar os trabalhadores para a acção reivindicativa em defesa dos seus interesses e direitos;
- Levar por diante um plano de acção durante os meses de Verão com acções de denúncia e protesto junto às unidades hoteleiras, pelo aumento dos salários.
- Fazer a entrega desta moção à AIHSA e enviá-la ao Governo, ao Presidente da República, aos Grupos Parlamentares na Assembleia da República, à Região de Turismo do Algarve e aos órgãos de comunicação social.
Por: STIHTRSA – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve
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