Anda aqui um rapazinho anónimo pelos Algarves a dizer como é que as coisas funcionam mas ninguém lhe liga. Já tinha dito, há uns anos, que os EUA nunca mais iriam sair do Iraque, caso contrário esse país acabaria, ou seja, desfragmentar-se-ia como aconteceu na União Soviética, na Jugoslávia ou na Checoslováquia. Com o final das ditaduras, emergem os nacionalismos. Também o Iraque é um território de várias nações. Em democracia, não é possível manter a sua integridade, salvo com uma monarquia. Como tal foi rejeitado pelos iraquianos, os EUA ficaram com uma ‘batata quente’ nas mãos e lá teriam de ficar para sempre com uma força de manutenção de paz.
Contra toda esta lógica, Obama decidiu retirar do Iraque. Fiquei estupefacto quando tal aconteceu. Aconselhei os meus amigos a recostarem-se nos seus sofás e assistirem em direto à desfragmentação do Iraque com fortes conflitos armados. Eles aí estão.
O parvalhão do Obama – e quem o aconselha – não conseguiu prever isto e agora anunciou uma coligação de 9 países para irem para lá outra vez. Eu não disse para não saírem de lá?
Só vejo uma lógica nisto: a despesa deixa de ser só dos EUA e passa a ser repartida.
Por outro lado, é a tal lógica de fazer uma ‘guerrinha’ para fazer subir a Economia. Da primeira vez, quando George W. Bush decidiu invadir o Iraque contra a opinião do mundo inteiro, saiu-se mal porque, pela primeira vez na História, a moeda de refúgio dos investidores não foi o Dólar mas sim o Euro e o Ouro. Desta vez, vamos ver o que acontece. No entanto, prevejo que aconteça exatamente a mesma coisa.
Isto nunca mais acaba. A única solução é repartirem o território pelas várias culturas.
Artigo de Opinião de Jorge Matos Dias
Categorias:Opinião




