Silves

Sarau Instável com Rui Zink na Biblioteca Municipal de Silves

A Biblioteca Municipal de Silves recebeu no dia 21 de março, pelas 17h00, o reconhecido escritor, crítico e professor universitário Rui Zink, que participou em mais uma edição da rubrica regular “Sarau Instável”, que assinalou, igualmente, o “Dia Mundial da Poesia”, efeméride de incontornável importância cultural, nomeadamente para o universo das bibliotecas, dos livros e da leitura.

O convidado veio a Silves falar, no seu estilo singular e desconcertante, sobre as relações entre poesia, ética, intervenção social e liberdade (a palavra poética como algo ainda impoluto num mundo corrompido?), partilhando ainda com o público vários poemas que marcaram a sua vida.

Relembre-se que através da rubrica “Sarau Instável”, que pretende ser um espaço de partilha e reflexão em torno de temas atuais, intemporais e inquietantes, a Biblioteca Municipal de Silves tem trazido a regularmente a Silves, desde 2010, muitas das mais conceituadas figuras portuguesas da Cultura, Artes e Letras.

Mais sobre Rui Zink

Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (desde 1997), licenciou-se na mesma universidade em Estudos Portugueses (1984) e obteve os graus de mestre em Cultura e Literatura Popular (com tese sobre José Vilhena em 1989) e de doutor em Literatura Portuguesa (com uma tese sobre Banda Desenhada em 1997), sendo a primeira a ser apresentada em Portugal sobre o tema). Foi igualmente Professor do Ensino Secundário (1983-1987), Leitor de Língua Portuguesa na Universidade de Michigan (1989-1990) e Professor Convidado na Universidade de Massachussetts, Dartmouth (2009-2010).

Enquanto escritor, foi autor de vários livros, de entre os quais, ensaios e ficção, se salientam os romances Hotel Lusitano (1987), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (1999) e Os Surfistas (2001), e os livros de contos A Realidade Agora a Cores (1988) e Homens-Aranhas (1994) e O Anibaleitor (2006).

Colaborou ainda em jornais e revistas, entre os quais o semanário O Independente (1991) e a revista K (1992). Enquanto tradutor, traduziu obras de Matt Groening, Saul Bellow e Richard Zenith.

Rui Zink recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português pelo romance Dádiva Divina (2005), e representou Portugal em eventos como a Bienal de São Paulo, a Feira do Livro de Tóquio ou o Edimburgh Book Festival.

Com António Jorge Gonçalves criou as novelas gráficas Rei e Arte Suprema.

As suas duas últimas obras são A Instalação do Medo (2012) (levado aos palcos em encenação de Jorge Listopad) e, já em 2014, A Metamorfose e Outras Fermosas Morfoses.

Texto: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve com CMS

Fotos: Município de Silves

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