Esta sexta-feira, 27 de maio, pelas 21h30, a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, em Loulé, recebe a apresentação do livro “Tem coisas, Ti Manel, tem coisas…”, de Camilo Mortágua, no âmbito da rubrica “Livros Abertos”.
Nesta sessão, Camilo Mortágua apresenta o segundo volume de “Tem coisas, Ti Manel, tem coisas…”: umas más de entender, outras más de aturar; umas por nós feitas, outras que nos são impostas. Somos todos capazes de identificar ‘coisas difíceis de aturar’ em todo o mundo. ‘Coisas’ que nos são aparentemente estranhas. Mas quando nelas pensamos, querendo compreendê-las, verificamos que afetam a nossa liberdade, segurança e educação, e também a paz… Afetam a nossa vida, em suma, tal como ela acontece, sem outro ordenamento ou lógica que as provocações do quotidiano.
O livro é uma crítica política e social do Portugal contemporâneo, escrito por quem acredita nas virtudes do desenvolvimento rural e da abordagem local. Palavras simples, pensamentos rústicos. Novas utopias, para resolver velhos problemas.
Entre os inimigos de Salazar que lutaram de armas na mão contra o Estado Novo destacam-se dois homens: Camilo Mortágua e Hermínio da Palma Inácio – os últimos revolucionários românticos. A eles se devem os golpes mais espetaculares que abalaram a ditadura. Mas a história da ação direta contra o regime há-de reservar a Camilo Mortágua um capítulo muito especial, pela sua perseverança na luta, ao longo de mais de vinte anos, iniciada, em janeiro de 1961, com a participação na Operação Dulcineia, comandada pelo capitão Henrique Galvão – o desvio do paquete português «Santa Maria» – e prosseguida com o assalto ao avião da TAP, em Marrocos, no mesmo ano, e com a LUAR, de que foi um dos fundadores, até ao 25 Abril.
Nos últimos anos tem trabalhado na conceção e implementação de programas e projetos de desenvolvimento local, assim como na mobilização de pessoas e grupos socialmente desprotegidos e na animação e organização de comunidades em risco de exclusão.
Foi presidente da DELOS Constellation, Association International pour le Développement Local Soutenable (1994-2002); cofundador e primeiro presidente da ACVER, Associação Internacional para o Desenvolvimento e Cooperação de Comunidades Rurais; presidente da APURE, Associação para as Universidades Rurais Europeias.
Grande Oficial da Ordem da Liberdade da República Portuguesa, publicou, sempre com a Esfera do Caos, “Andanças para a Liberdade- Volume I: 1934-1961” (2009), “Tem coisas, ti Manel, tem coisas, tem coisas más de entender… Mandaram fazer a açorda, e agora na a querem comer!” (2010) e “Andanças para a Liberdade – Volume II: 1961-1974” (2013).
Esta iniciativa tem entrada livre.





