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Comemorações do Centenário do Nascimento do Poeta Pardal em Quarteira | 16 e 18 de agosto

Nos dias 16 e 18 de agosto, a Câmara Municipal de Loulé e a Junta de Freguesia de Quarteira prestam homenagem ao Poeta Pardal, poeta popular desta freguesia, no âmbito do Centenário do seu nascimento.

Assim, às 18h00 do dia do seu nascimento (16 de agosto), decorre a cerimónia de descerramento da placa comemorativa desta efeméride, na Rua Poeta Pardal. Pelas 19h00, no Pólo da Biblioteca Municipal (Largo do Mercado), será lançada a reedição de “Em cima do Mar Salgado”, da autoria do poeta.

Já no dia 18 de agosto, pelas 22h00, na Praça do Mar, o público poderá visionar o documentário “Mau Tempo, Marés e Mudanças”, do realizador Ricardo Costa.

Manuel de Brito Pardal é um nome sobejamente conhecido em Quarteira, cidade onde nasceu em 16 de agosto de 1916.

Conhecido como o único poeta popular que foi pescador, Manuel Pardal terá, segundo Ruivinho Brasão, iniciado a sua atividade como pescador logo aos 10 anos: “Ele foi, nas «artes de arrastar», moço de encolher e, depois, calador. Entrou a governar a sacada e passou, mais tarde, aos tresmalhos. Ainda experimentou ausentar-se de Quarteira, para trabalhar no Galeão: mas afeiçoado à família, não parou por lá senão dez dias”.

O seu primeiro poema surgiu quando tinha 14 anos. Herdou do pai, Ernesto Pardal, o gosto pela poesia e pelo canto. Amante do fado, quando fazia poesia era para ser cantada. Usava no bolso uma gaita-de-beiços e fazia-se acompanhar de uma guitarra.

A sua poesia, de carácter repentista, versava sobre o mar, a faina, as parcas condições de vida, mas também sobre outras temáticas que revelam um homem que questiona a vida, a morte e um pouco de tudo aquilo que o rodeia.

Tendo Manuel Pardal como personagem central surge em 1976 o documentário/longa-metragem “Mau Tempo, Marés e Mudança”, do cineasta Ricardo Costa.

Em 1977 é publicada a obra “Em cima do Mar Salgado”, que reúne poemas do Poeta Pardal recolhidos e selecionados por José Ruivinho Brazão.

Manuel de Brito Pardal faleceu em 1984, sendo que em 1987, no largo com o seu nome, foi inaugurado um busto em bronze em sua homenagem, da autoria de Diamantina Negrão.

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