Uma das últimas zonas húmidas que certamente estarão na origem do nome de Lagoa, situada bem perto da cidade, a sul da EN 125, está neste preciso momento a ser arrasada com o objectivo de preparar mais uma cinzenta urbanização.
Considerada por muita gente e, pelos vistos, pelo próprio Município, como um simples baldio de águas estagnadas, o certo é que esta pequena zona húmida possui uma importância significativa. As largas centenas de íbis-preto (Plegadis falcinellus) e inúmeras outras aves aquáticas, que actualmente ai passam o Inverno, estão assim em perigo iminente.
O íbis-preto encontra-se incluído no Anexo I da Directiva das Aves, o que significa ser uma espécie de protecção prioritária a nível europeu. Até há pouco tempo era considerada uma espécie extinta em Portugal, mas ultimamente tem vindo a recuperar, graças a indivíduos provenientes do sul de Espanha, nomeadamente de Doñana.
Assim sendo, a Associação Almargem solicitou já à Câmara Municipal de Lagoa, à Inspecção Geral do Ambiente e ao SEPNA-GNR que efectuem as acções necessárias para a suspensão imediata das obras em curso, de forma a evitar mais um lamentável crime ambiental no Algarve.
Associação Almargem
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