
| Os eurodeputados e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, debateram esta manhã o programa para os próximos seis meses da Presidência portuguesa do Conselho da UE. |
| O sucesso da campanha de vacinação contra a COVID-19 e uma recuperação económica e social baseada nas transições digital e climática são os grandes desafios da Presidência portuguesa, afirmou António Costa. O primeiro-ministro português apelou aos Estados-membros que trabalhem em conjunto para atingir estas metas. Acrescentou ainda que a solidariedade internacional é crucial para vencer o vírus da COVID-19. “É indispensável que continuemos a trabalhar coordenadamente porque só em conjunto venceremos o vírus, restabelecendo a plena liberdade de circulação e todo o potencial do mercado interno”, defendeu. O primeiro-ministro ressalvou que outros desafios, como a crise climática, merecem igualmente a atenção da UE. Sob o lema “Tempo de Agir”, a Presidência portuguesa concentra-se na adoção da Lei Europeia do Clima, no pacote da Lei dos Serviços Digitais, no Pilar Europeu dos Direitos Sociais e no reforço das parcerias internacionais, especialmente com o Reino Unido, os EUA e América Latina. Portugal vai acolher, no Porto, uma Cimeira UE-Índia sobre questões digitais, comércio, investimento, produtos farmacêuticos, ciência e espaço, anunciou Costa. A Presidência portuguesa também promete continuar o trabalho sobre o Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, “tentando encontrar o equilíbrio adequado entre as suas dimensões interna e externa, sem esquecer também a migração legal”, explicou o primeiro-ministro português. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o empenho da Presidência portuguesa nas questões sociais e disse que a Comissão vai atualizar a estratégia industrial europeia para ajudar a criar “empregos de qualidade no mundo pós-pandémico”. “A recuperação verde, digital e justa deve ser uma recuperação de empregos”, sublinhou. As propostas da Presidência portuguesa receberam amplo apoio dos eurodeputados, que destacaram a emergência económica e social causada pela crise da COVID-19, condenaram as ações unilaterais dos Estados-membros no que diz respeito à vacinação e solicitaram que os planos de recuperação se concentrem na criação de empregos e na redução das desigualdades. A ajuda da UE para a recuperação deve apoiar também as transições ecológicas e digitais, defenderam os eurodeputados. O acordo comercial UE-Mercosul foi também mencionado no debate. Alguns eurodeputados apelaram à Presidência portuguesa para que dê um novo fôlego ao acordo, enquanto outros eurodeputados de mostraram contra. Os deputados pediram ainda um acordo sobre a política comum de asilo e migração, um maior ênfase nas relações com o Mediterrâneo Oriental e os Balcãs Ocidentais e a realização da Conferência sobre o Futuro da Europa. Veja aqui a gravação do debate. Veja aqui a conferência de imprensa de David Sassoli, Presidente do Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, e António Costa, primeiro-ministro de Portugal. Vídeo das intervenções da Presidência Portuguesa do Conselho, da Presidente da Comissão Europeia, e de eurodeputados portugueses no debate: António Costa, Presidência portuguesa do Conselho da UE Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia Paulo Rangel (PPE) Carlos Zorrinho (S&D) José Gusmão (A Esquerda) Francisco Guerreiro (Verdes) Sandra Pereira (A Esquerda) Pedro Marques (S&D) Nuno Melo (PPE) Pedro Silva Pereira (S&D) Margarida Marques (S&D) António Costa, Presidência portuguesa do Conselho da UE (conclusão) |




