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QUARTEIRA | Ruas enchem-se de cor, música, dança e alegria com os arraiais dos Santos Populares

Tal como acontece noutras localidades piscatórias portuguesas, nas noites de Stº António, S. João e S. Pedro, as ruas de Quarteira enchem-se de cor, música, dança e alegria durante o mês de Junho.

O ponto alto das celebrações é o desfile das marchas que representam as ruas da cidade, envolvendo centenas de marchantes trajados a rigor, com coreografias únicas inspiradas em temas como o mar, a atividade piscatória, as tradições dos Santos Populares e os símbolos associados a esta festividade – os arcos, os manjericos, as fogueiras, os balões, a alcachofra ou o alho-porro.

Para além do desfile, a gastronomia – as sardinhas assadas, as febras, o pão com chouriço, o caldo verde e o vinho tinto – e os arrais constituem razões mais do que suficientes para que milhares de pessoas visitem Quarteira nestes dias. Mas a tradição manda ainda que se saltem as fogueiras e se queime alcachofra.

Os arraiais serão outro dos atrativos para celebrar a vida dos três santos milagreiros. São três as ruas onde estas festas populares irão decorrer, com muita música e bailaricos animados por artistas populares: Rua Vasco da Gama (com Duo Rui e Miguel, a 9 de junho, Valter Cabrita, a 10, Paulo Coelho, a 16, e Helder Pires, a 17), Rua da Cabine (com Valter Cabrita, a 23 e Duo Rui e Miguel, a 24) e Rua da Alegria (com Migue G, a 12, e Luís José, a 28). Estes arraiais acontecem entre as 19h00 e as 00h00.

Outra das tradições reeditadas será a venda de manjericos, no Largo do Centro Autárquico, nos dias 13, 23 e 28 de junho, das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.

Indissociável do período dos Santos, o manjerico é conhecido como a “erva dos namorados” porque, segundo uma velha tradição, os rapazes davam pequenos manjericos, em vasos, às namoradas, por altura do Stº António, o santo casamenteiro. Estas plantas são cada vez mais apreciadas também pelos turistas que se encontram em Quarteira, talvez cativados pelo seu cheiro característico.

Quarteira volta a vestir-se de gala para um dos eventos mais emblemáticos da animação algarvia nesta época do ano e que constitui um cartaz turístico de excelência da região. Mas este evento é também a demonstração do bairrismo fervoroso que está bastante enraizada no espírito e alma de todos os quarteirenses.

A organização é da APROMAR, Associação Promotora das Marchas Populares, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Loulé e da Junta de Freguesia de Quarteira. A entrada é livre.

Recorde-se que antes das marchas como hoje as conhecemos, as festas dos Santos Populares integravam os arraiais, as fogueiras, os bailes e os banhos na noite de S. João que tinham lugar normalmente em Quarteira pela sua proximidade ao mar. Até à década de 70 do século XX a celebração resumia-se às comemorações de S. João com os “bailes de mastros” pela cidade e o “banho santo”, à meia-noite. Ao Padre Elísio Dias, nomeado pároco de Quarteira em 1968, dever-se-á a criação das Marchas Populares, que conheceram maior incremento a partir da década de 90. Em 1995 surge a APROMAR, que passa então a organizar oficialmente o evento.

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