“A Deriva Litoral”, instalações artísticas de Ângelo Gonçalves e Nuno Viegas, foi inaugurada no Calçadão de Quarteira na sexta-feira, 6 de abril, tendo contado com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, do presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, Telmo Pinto, da diretora municipal Dália Paulo, bem como dos artistas Nuno Viegas e Ângelo Gonçalves e do curador das instalações artísticas, Miguel Cheta, entre outros.
Segundo Miguel Cheta, “a arte tem de ir ao encontro das pessoas e as pessoas ao encontro da arte. Esta é a terceira edição e este ano convidámos o Ângelo e o Nuno. O Nuno dispensa apresentações aqui em Quarteira, é um filho da terra, alguém que conquistou uma carreira nacional e internacional. O Ângelo é de Santo Estêvão, Tavira. Os dois foram alunos da Universidade do Algarve e é uma alegria trazer aqui estas temáticas que têm a ver com a nossa proximidade à terra e ao meio ambiente. Há mais de 50 anos que frequento Quarteira e tenho acompanhado estes fenómenos da erosão costeira. O problema nasce no interior. As linhas de água que chegam à costa não trazem sedimentos porque não chove o suficiente para arrastar esses sedimentos que formam as areias das nossas praias. O Ângelo representa, com esta sua peça, essa travessia do interior ao litoral”.
Nuno Viegas pintou o betão do acesso à praia junto à Geladaria Roma e agradeceu o convite para participar nesta 3.ª edição, considerando a iniciativa “importante para o apoio às artes, que têm muito pouco apoio e estas iniciativas fazem bastante diferença para os artistas e um projeto destes também faz muita diferença na carreira de um artista”.
Ângelo Gonçalves trouxe uma nora do interior ao litoral e agradeceu “à Câmara Municipal de Loulé o convite. Agradecer esta generosidade da câmara para comigo e com o Nuno e a própria generosidade da câmara em oferecer à população e aos veraneantes esta arte pública porque isto também importante na formação de públicos”.
Posteriormente, apresentaremos artigos separados com cada obra descrita por cada um dos autores.
Pelo terceiro ano consecutivo teremos a presença de arte pública no Calçadão de Quarteira, durante o período de verão. Levar projetos artísticos do campo das artes visuais para fora de galerias e museus e procurar estabelecer contacto com o público informal, em lugares de grande afluência, é também um dos desígnios desta programação, que privilegia os encontros.
Para esta edição, a Câmara Municipal de Loulé convidou dois artistas que bem conhecem o Algarve, a trabalhar sobre o tema “A Deriva Litoral”, um fenómeno que, pela interrupção do seu fluxo natural, é cada vez mais noticiado pelas piores razões, com resultados que afetam toda a nossa orla costeira.
Os artistas não têm o poder de solucionar estes fenómenos mas podem e devem questioná-los através das suas propostas, inquietando-nos.
Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve





































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