Embarcações desfilaram em marcha de protesto pela costa contra o apertar de regras no acesso à Pedra do Valado, um dos principais centros pesqueiros do Algarve.
Dezenas de pescadores manifestaram-se esta manhã (19 de agosto), em Quarteira, contra o que dizem ser a falta de transparência no processo de criação do parque natural marinho do recife do Algarve, um projeto que implica o apertar de regras no acesso à Pedra do Valado, um dos principais centros pesqueiros do Algarve.






Há três anos que a discussão está em cima da mesa: fazer da Pedra do Valado um parque natural marinho que ajude a preservar as cerca de 900 espécies identificadas no rochedo de cerca de 100km, entre Albufeira e Armação de Pera.
Era suposto a iniciativa contar com o aval dos pescadores, desde Olhão a Lagos mas, este sábado, em Quarteira, os associados da Quarpesca vieram dizer que o documento que esteve em consulta publica era vago e que os contornos do projeto são inaceitáveis.
O Centro de Ciências do Mar e a Fundação Oceano Azul, promotores do projeto do parque natural marinho, dizem que os estudos científicos e de impacto económico estão disponíveis para consulta online e rejeitam a acusação de falta de transparência, alegando terem sido ouvidas 89 entidades, ao longo de 3 anos.
Os associados da Quarpesca não se convencem e saíram em protesto para o mar. A Quarpesca fala em prejuízos de 3 milhões de euros só para os associados de Quarteira, número que o CC Mar e a Fundação Oceano Azul dizem muito inflacionado, estando antes em linha com os montantes previstos para a compensação dos pescadores.
Os armadores pescadores de Quarteira dizem que não é só uma questão de dinheiro, mas de futuro. Queixam-se de limitações crescentes à pesca na costa algarvia.
Saiba mais sobre as razões de queixa dos armadores pescadores de Quarteira AQUI.
Fotos e Vídeos: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve
Texto: SIC com PlanetAlgarve
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