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LOULÉ | Diplomatas cubanos falaram da realidade cubana e dos impactos do bloqueio

Decorreu no sábado, 11 de maio, uma sessão pública em Loulé (Hotel Loulé Jardim) com a 3.ª Secretária Laura Martinez e o Conselheiro Ariel Montenegro, da Embaixada de Cuba em Portugal, com o objetivo de esclarecer sobre a realidade cubana e os impactos do bloqueio.

A sessão foi promovida pelo Núcleo Algarve da Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC) e contou com a presença de dirigentes da AAPC sede, em Lisboa.

Os diplomatas cubanos consideraram que o bloqueio mata, é criminoso, é unilateral e deve acabar. Os EUA devem deixar Cuba viver em paz. Cuba decidiu defender-se como país determinado, decidido, independente e senhor do seu destino e fez uma revolução assente nos direitos e necessidades dos mais humildes e oprimidos. Ao longo de 64 anos, a ilha tem enfrentado os EUA, a potência mais cruel e perversa e o seu governo fora da lei que continua a procurar assustar a população cubana para que o desespero leve o povo a rebelar-se contra as autoridades revolucionárias. A crueldade da política norte-americana foi exposta nos últimos anos quando, no meio da crise associada à pandemia da Covid-19, proibiu a venda de medicamentos e alimentos a Cuba. Enquanto o mundo procurava soluções, quando a cooperação e a solidariedade entre nações eram mais necessárias, os EUA, de forma egoísta, endureceram as sanções contra a ilha e proibiram a venda de material médico, de proteção sanitária e matérias primas para a produção de medicamentos. A resposta de Cuba a essa situação foi trabalhar com determinação, sagacidade, inteligência e soberania para descobrir 4 vacinas contra a Covid-19.

Recordamos que, durante a pandemia, Donald Trump aplicou mais 243 medidas unilaterais dos EUA contra Cuba, mais 243 sanções dirigidas, fundamentalmente, ao setor da Saúde. Ou seja, medidas para procurar que Cuba não conseguisse garantir medicamentos nem equipamentos hospitalares para combater a pandemia, como procurou fazer qualquer outro país. 

Esta situação afetou outros setores, designadamente o setor da alimentação. Quem for hoje a Cuba, vai constatar que a alimentação do povo cubano está muito precária. Há muitos fornecedores que, durante a pandemia, também sentiram dificuldades devido a essas novas sanções que encareceram ainda mais o custo de vida do povo cubano.

Tudo isto acontece porque, ainda segundo os diplomatas, os EUA decidiram, unilateralmente, incluir Cuba na lista dos Estados patrocinadores do terrorismo, “quando toda a gente sabe que denunciamos o terrorismo e somos partidários da resolução pacífica de conflitos e da não intervenção nos assuntos internos de cada Estado”.

Estas são apenas algumas das situações graves por que o povo cubano continua a passar. Os interessados em contribuir para melhorar as condições de vida do povo cubano ou mesmo para viagens de turismo podem fazê-lo através da AAPC.

A sessão terminou com um período de debate muito participado com os diplomatas cubanos a responderem a todas as questões levantadas.

Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve

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