Loulé

LOULÉ | 24ª Festa dos Povos presidida pelo Bispo do Algarve

O Dia do Imigrante e do Refugiado foi festejado em Loulé com a 24ª Festa dos Povos. Uma Festa iniciada pelas cabo-verdianas Lídia Silva, presidente da Associação Esperança e pela sua irmã, Filomena Varela.

Este ano, o protocolo coube a Selma Ferreira, presidente do CONCID – Conselho de Cidadãos do Consulado-Geral do Brasil em Faro.

A iniciativa começou, como habitualmente, na Igreja de Nossa Senhora da Piedade – Mãe Soberana, com o desfile das bandeiras nacionais das 25 nacionalidades participantes e ainda das entidades presentes, designadamente Associação Esperança e Paz, CONCID, TU – Talentos Unidos, APALGAR – Associação de Amizade dos PALOP no Algarve, Casa de Angola em Faro, AANGA – Associação de Angolanos em Albufeira, Associação Doina, Associação Venezuela Amiga e Rotary Clube de Loulé, entre outras.

Já no interior da igreja, seguiu-se a celebração, muito festiva, com muitos cânticos e com o tradicional momento das oferendas, por parte dos países presentes, cada uma com o seu significado.

Uma celebração dirigida pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, e que contou ainda com a participação do sacerdote greco-católico ucraniano, padre Oleg e do nigeriano padre Paulinos, numa manifestação da união de todos os povos em torno da integração e da paz.

Contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo e da vereadora Marilyn Zacarias, do presidente da Junta de Freguesia de S. Clemente, Carlos Filipe e do presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Analídio Ponte, entre outros.

O corpo diplomático foi representado pela Embaixadora Vicencia de Brito, do Consulado Geral da República de Angola em Portugal; Elisângela Carvalho e Ângela Barbosa, em representação do embaixador de Cabo Verde em Portugal, a Cônsul-Geral do Brasil em Faro, a Embaixador Kátia Gilabert, e a Cônsul da Guiné-Bissau, Josefina Kosta.

Destaque ainda para a bênção do Bispo do Algarve ao 23º aniversário do Sacramento do Matrimónio de Silvério e Teresa Guerreiro.

Após a celebração, os participantes rumaram ao Salão de Festas de Loulé para o tradicional almoço partilhado com os sabores do mundo, onde se juntou o cónego Carlos César Chantre, vigário geral da Diocese do Algarve.

Um convívio animado com atuações de diversos países: Batuqueiras Esperança e Paz (Cabo Verde); Benvindo Barros (Cabo Verde); Grupo de Dança Mansurca de S. Nicolau Nós Tradição (Cabo Verde); Victoria (Ucrânia); António (Itália); Grupo Firmeza Batuqueiras de Almancil (Cabo Verde); Grupo de Dança Missangas de Angola; Fernando Carvalho (Guiné-Bissau); e Xico Barata (Angola).

O Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, considerou “este convívio tão enriquecedor, com tanta partilha, com tanta variedade, com aquilo que constitui também a cultura dos povos a que nós pertencemos, na verdade, aquilo que nos distingue, não só os saberes mas também os sabores daquilo que partilhamos”, agradecendo “mais uma vez ao senhor presidente da Câmara Municipal de Loulé este convívio e e a disponibilidade para acolher esta festa. Aqui sentimo-nos bem. Sentimo-nos em família. Certamente que estamos garantidos para continuar com esta festa em Loulé. No próximo ano, vamos celebrar os 25 anos da Festa dos Povos. Não podemos falhar. Temos que trazer mais gente connosco porque esta festa vale a pena. Agradeço também às outras autoridades, aos representantes dos outros países que quiseram estar connosco neste dia. A vossa presença é sempre acolhida, é sempre bem vinda e é, para mim, um sinal de conforto, sobretudo para quem vive longe dos seus países, das suas famílias, das suas terras”.

A Embaixadora Vicencia de Brito, do Consulado Geral da República de Angola em Portugal felicitou “todas as pessoas dos mais diferentes países que estão a participar nesta grande festa. É motivo de satisfação estarem aqui connosco a celebrar o Dia do Imigrante, daquelas pessoas que vão para outras paragens em busca de uma vida melhor, neste caso, Portugal. Escolheram Loulé, escolheram o Algarve, escolheram Portugal para viver. Esta festa representa a solidariedade, o esforço que as autoridades fazem e estão a fazer no sentido de melhor acolher os imigrantes. Por isso, uma salva de palmas para esta iniciativa e para todas as entidades que promovem esta iniciativa e, por isso, exprimo a minha satisfação. Nós aproveitamos esta ocasião para trazer aqui neste mês de setembro, mês de celebração do imigrante. Para nós, angolanos, é também o mês da celebração do nosso poeta maior, do primeiro presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto e trouxemos, como já fizemos noutros sítios, uma pequena coletânea dos seus livros, das suas obras, dos seus poemas que inspiraram a luta pela libertação nacional e queria, particularmente neste momento, aproveitar a oportunidade para oferecer ao senhor presidente da câmara um livro em banda desenhada sobre a sua vida, segundo o qual temos de criar amor com os olhos secos. É uma estrofe que se aplica a este encontro, às nossas vidas, ao nosso quotidiano. Face a todas as dificuldades, a todos os problemas que enfrentamos no dia a dia, temos que ter força para criar amor com os olhos secos”.

Por seu turno, Elisângela Carvalho, da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, salientou: “Estou aqui juntamente com a Dr.ª Ângela Barbosa para representar o nosso embaixador, para prestigiar esta festividade que promove a integração dos povos. Este encontro dos povos que celebra a diversidade com ênfase na troca de experiências e no respeito pelas tradições culturais e também na coesão social, mostrando que somos todos iguais. Com este convívio, estamos a provar que somos realmente todos iguais. Um bem haja a todos e continuemos com esta celebração”.

O edil louletano, Vitor Aleixo, agradeceu “a todas estas pessoas de 25 países que reúnem aqui hoje nesta sala para celebrar o nosso dia. O Dia dos Povos. Quero agradecer, na pessoa do Sr. Bispo, à Igreja Católica, que há muitos anos celebra esta festa aqui no Concelho de Loulé e fique com esta nota: Loulé quer continuar a ser o local de encontro, todos os anos, de todos aqueles que vieram de todas as partes do mundo e que vieram viver e estão aqui em Loulé. Obrigado por isso. Nós gostamos dessas pessoas e nós, como autoridades locais, fazemos tudo aquilo que podemos para que elas sejam felizes aqui no nosso concelho”, agradecendo o contributo de todas as comunidades estrangeiras que aqui decidiram viver e que “fizeram desta terra aquilo que Loulé é hoje: uma terra acolhedora, muito progressista, uma terra onde muita gente gosta de viver e onde todos são bem vindos e todos têm contribuindo muito para o desenvolvimento deste concelho e nós temos muito respeito e grande estima por todos vocês”.

Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve

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