
O ouro, a prata, as pedras preciosas, a terra acumulada, não são a verdadeira riqueza das nações. “As pessoas são a verdadeira riqueza das nações”. As mulheres, os homens, as crianças, os anciãos, são verdadeiros Livros que acumulam saber nas suas memórias. A capacidade inata do homem para aprender (mas que não é um exclusivo seu) é uma vantagem muito Grande quando aliada a processos educacionais de desenvolvimento da mente.
A educação é a chave para o desenvolvimento de uma sociedade que se quer próspera e fortalecida de forma sustentável. Mas para educar é preciso tempo. Tempo de aulas precioso para se ministrar a lição que não compactua ou pelo menos é bastante prejudicada quando o Professor/Educador/Formador/Instrutor, está submerso por uma carga burocrática excessiva que torna tudo muito mais lento, ineficiente e inoperante.
Vivemos hoje desafios imensos constituídos por barreiras que temos de ultrapassar. Das crises nascem as oportunidades… e está nas nossas mãos o poder de mudar o mundo… para o bem ou para o mal…
A emergente consciência verde que ganha forma no presente e que deriva dos problemas que o nosso planeta enfrenta e que em última instância podem levar a humanidade à extinção, requer toda a cooperação (e não competição) entre todos os habitantes deste planeta.
Nada se conseguirá fazer, enquanto não houver um diálogo honesto e sincero entre aqueles que fabricam e constroem pontes de diálogo entre os vários países, sejam eles Estados membros da União Europeia ou não. A busca de culpas para atirar à cara de outros não leva a lado algum. A oferta de meios e recursos/oportunidades educacionais por parte daqueles que são os acusados aos «outros», os ofendidos, será uma forma de reparação de qualquer dívida que seja julgada e assumida. Atirar tinta a figuras públicas, danificar fachadas de edifícios, destruir Obras de Arte Centenárias não é o caminho (como se a pintura a óleo influísse directamente no aumento da temperatura do planeta).
O caminho será sempre um caminho de diálogo, reflexão e acção positiva. Construir em vez de destruir; cooperar em vez de competir; criar e inventar… O caminho honesto e justo é o verdadeiro caminho numa sociedade em que os valores se encontram em degradação e a moral não é ela própria muito bem vista (pois muitas vezes é confundida com moralismo).
Seja moral ou cidadania, o objectivo deverá ser o da «construção» de melhores pessoas, o combate da ignorância, o cultivar dos valores (e não me refiro a valores fiduciários), a defesa daqueles que são os mais desprotegidos dando-lhes canas para pescarem e obterem assim pelas próprias mãos o seu sustento, sem necessitarem no futuro de pedir mais e mais. Tudo feito sem se destruírem ideias que no passado e ainda hoje já alimentaram muita gente neste País, impedindo que a fome se espalhasse de forma quase epidémica em épocas de crise, acusando-se hoje essas instituições responsáveis pela ideia (que era inovadora à data) de “caridadezinha”, acusação que é feita de uma forma muito leviana.
A caridade (bondade, benevolência, generosidade, indulgência, benignidade, humanidade…) não tem nada de mal e a solidariedade (solidarização, companheirismo, fraternidade) também não. Podem muito bem conviver as duas em paz.
A chave como já disse, é a educação para a mudança de mentalidades, não para destruir o que já existe, mas para se construir um futuro sustentável.
Errar faz parte do processo de aprendizagem. A «reparação» não pode acontecer de forma violenta e destrutiva. Mas de forma consensual e cooperativa, dialogando com o «Professor» que nos faz ver o erro e estimula a nossa criatividade para encontrar soluções e o caminho certo. Tal como um Farol na noite escura, quando se atravessa o mar embravecido daquilo a que se chama comumente, viver e aprender…
A frase “As pessoas são a verdadeira riqueza das nações” diz tudo.
Toda a guerra é destrutiva e não serve absolutamente para nada. A única legitimidade está ao lado daqueles que são obrigados a lutar para se defenderem de ataques externos, mas mesmo assim, é preciso haver muito cuidado para que os ofendidos não se tornem nos monstros que se habituaram a combater a vida toda.
Uma mão serve para cumprimentar, mas também pode dar um murro ou empurrar violentamente em caso de ira. Contudo as nossas mãos não deverão de ser usadas como armas, são instrumentos para construir, transformar e educar o mundo (foi com a conquista da mão que o homem se tornou homem).
Agora que vemos as Guerras a eclodirem um pouco por todo o lado, as quezílias entre vizinhos, as ofensas de estranhos para com outros estranhos que se cruzam aleatoriamente na rua, a degradação social, a pobreza endémica, a degradação de valores, um sistema educacional que tem cada vez mais dificuldade em lidar com os problemas que vão surgindo, um desejo insaciável de consumo e a prática de mais violência por parte dos jovens de hoje, o uso generalizado por parte da população mundial de drogas para fins recreativos (como se fosse legítimo o uso da palavra recreativo para definir uma das mais degradantes situações em que caem muitos jovens hoje) e que degenera muitas vezes num desejo descontrolado para se obter mais e mais prazer do consumo dessas substâncias psicotrópicas (o cancro de uma nação), agora percebemos finalmente que é emergente agir…
A proposta que faço, é a de estender um convite a todos os interessados (para que esquecendo as ideologias, as crenças religiosas, a condição social, o género, a orientação sexual, enfim, tudo aquilo que nos pode dividir enquanto humanos) para que reflictam sobre a grandiosidade e profundo significado que tem a declaração: “As pessoas são a verdadeira riqueza das nações”1, para que se tirem desta premissa todas a ilações possíveis…
1 Há trinta e quatro anos «(…) [1990], o primeiro Relatório do Desenvolvimento Humano declarou corajosamente que: “as pessoas são a verdadeira riqueza das nações”. Esta poderosa afirmação guiou a PNUD e os seus Relatórios do Desenvolvimento Humano desde então, com as suas mensagens e significados a ganharem contornos mais complexos ao longo do tempo. (…)» Achim Steiner
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
“As pessoas são a verdadeira riqueza das nações”.
Human Development Report 1990
Concept and Measurement of Human Development
in https://hdr.undp.org/content/human-development-report-1990
“Humans Are the True Wealth of Nations”.
in https://www.cato.org/publications/commentary/humans-are-true-wealth-nations
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