Evento reuniu música, cultura e história em quatro dias de programação intensa

Um festival para (re)descobrir Albufeira

A primeira edição do Festival Baltum, sob o mote “Celebrar e (Re)Descobrir Albufeira”, encheu a zona antiga da cidade com quatro dias de atividades culturais em 19 espaços diferentes. O evento, que contou com uma programação eclética e de alta qualidade, superou as expectativas e deixou a promessa de uma próxima edição ainda mais forte.

Noites de espetáculos memoráveis

A abertura do festival, no dia 24 de maio, ficou marcada pelo concerto da aclamada fadista Gisela João, que lotou a Praça dos Pescadores. Antes dela, a dupla galega Caamaño&Ameixeiras animou o Palco Electrofolk, em frente à Igreja de São Sebastião.

No segundo dia (25 de maio), a Orquestra Ligeira do Exército, acompanhada pela fadista Katia Guerreiro, protagonizou um espetáculo inédito na Praça dos Pescadores. Mais tarde, o Electrofolk recebeu a compositora ucraniana Ganna, num momento que emocionou o público.

O sábado (26 de maio) trouxe o ritmo cabo-verdiano de Tito Paris, seguido pelos portugueses Beatbombers no Electrofolk. Já no encerramento (27 de maio), os franceses Les Fo’Plafonds estrearam-se em Portugal com um show interativo, usando instrumentos improvisados, enquanto a artista transmontana emmy Curl fechou o palco secundário com chave de ouro.

Arte local e intervenções de rua

Além dos nomes internacionais, o festival destacou artistas locais e coletivos de artes de rua, que animaram vários espaços da cidade com performances espontâneas, reforçando o caráter inclusivo e comunitário do evento.

Recuperação do património e valorização cultural

A abertura oficial ocorreu na Antiga Igreja Matriz, onde o presidente da Câmara, José Carlos Rolo, destacou o objetivo do festival: “Celebrar a identidade de Albufeira e relembrar uma parte importante da sua história”. O autarca sublinhou ainda a importância da requalificação de espaços históricos, como a própria igreja, que acolheu parte da programação.

Balanço positivo e perspetivas futuras

No final dos quatro dias, José Carlos Rolo fez um balanço “francamente positivo” e adiantou que já estão a ser preparadas as bases para a próxima edição. “O Festival Baltum veio para ficar e tornar-se uma referência na região”, afirmou.

Com uma elevada participação do público e uma programação que uniu tradição e modernidade, a primeira edição do Festival Baltum cumpriu o seu propósito: celebrar Albufeira em toda a sua diversidade.

Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve