O Jardim de Infância do Forte Novo, em Quarteira, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira, 20 de junho, pelo presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, pelo presidente da Junta de Freguesia de Quarteira e eleito presidente da Câmara Municipal de Loulé, Telmo Pinto e pela diretora do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, Dalila Afonso.

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Marcaram ainda presença Eugénia Narciso, em apresentação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares do Algarve, Carlos Silva Gomes, presidente da Assembleia Municipal de Loulé, vereadores da CM Loulé, membros do executivo da JFQ, comunidade escolar, representantes da Associação de Pais e outros convidados.

O JI do Forte Novo permite receber 125 alunos (capacidade total), com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos de idade.
Numa área total de construção de mais de 800m² e um espaço exterior de apoio, foram criadas várias áreas como zona de atendimento/receção, 6 salas de atividades, 1 sala de pequenos grupos, várias arrecadações, instalações sanitárias para professores e alunos, bar/copa e refeitório.

O Jardim de Infância do Forte Novo faz parte do agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, que agrega 8 estabelecimentos de ensino, com valências desde o pré-escolar até ao secundário, acolhendo mais de 2100 alunos. Esta obra de reabilitação e adaptação que permitiu ter aqui esta valência rondou os 600 mil euros e é mais uma resposta ao aumento demográfico que o concelho de Loulé, em particular a freguesia de Quarteira, tem assistido nos últimos anos.

A comitiva foi recebida pelas crianças e educadoras a cantarem em coro o seu hino.

Seguidamente, teve lugar o descerrar da placa de inauguração, uma visita às instalações e as intervenções oficiais.

Dalila Afonso, diretora do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres:

“É com uma enorme satisfação que inauguramos hoje o Jardim de Infância do Forte Novo, um espaço que nasce do trabalho conjunto e da vontade de proporcionar às nossas crianças uma educação de qualidade desde os primeiros anos de vida. Este novo edifício é mais do que um conjunto de salas e de equipamentos, é um espaço pensado para acolher, educar e inspirar as nossas crianças, oferecendo-lhes condições de aprendizagem que favorecem o seu desenvolvimento integral e, sobretudo, a necessidade de cada uma delas.

Quero expressar o meu sincero agradecimento à Câmara Municipal de Loulé pelo investimento, pela atenção, pela educação e pela permanente colaboração com o nosso agrupamento, bem como a todos aqueles que contribuíram para que este projeto se tornasse realidade. Este Jardim da Infância seja, acima de tudo, um lugar de afetos, de descoberta e de crescimento, um espaço onde cada criança aprenda a ser, a conviver e a sonhar.

Eugénia Narciso, em apresentação da Diretora-General da Educação:

É com grande honra que tomo a palavra em representação da Excelentíssima Senhora Diretora-Geral de Educação de Algarve. Este espaço educativo já em utilização foi autorizado pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação em 2024 e vem concretizar um objetivo essencial: Garantir respostas educativas de qualidade para mais de 100 crianças em idade pré-escolar no Concelho de Loulé acolhidas em 5 salas que traduzem um investimento sério, planeado e com a visão de futuro. Permitam-me expressar o mais profundo agradecimento à autarquia, na pessoa do Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. Vítor Aleixo e do restante executivo por um permanente e contínuo compromisso com a educação e pela estreita colaboração sempre atenta e disponível.

O investimento neste espaço educativo, sem dúvida que é mais que material, como disse a Senhora Diretora, é um investimento no futuro das nossas crianças e no desenvolvimento da comunidade. Compete-me, também, dar um agradecimento muito sentido à Senhora Diretora do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, professora Dalila Afonso e restantes elementos da direção aqui presentes, pelo empenho, dedicação, resiliência e trabalho persistente que todos os dias imprimem nesta e nas outras oito escolas que compõem o agrupamento, com valências desde o ensino pré-escolar, como aqui vemos, até ao ensino secundário, acolhendo diariamente mais de 2.100 alunos, superando diariamente mais, muitos mais, em inúmeros desafios através do empenho inalcançável, e isto tem de ser dito porque o agrupamento é muito extenso e todos os dias vocês têm novos desafios e têm tido tempo para os terem vindo a superar.

Reconhecemos, também, o contributo inestimável de toda a comunidade educativa aqui neste espaço. Os educadores, os assistentes operacionais, como vimos, dão vida a este espaço.

Esta música que nos fica no ouvido é resultado de muita dedicação, profissionalismo e vocês assistiram, tal como eu, com muito carinho esta nova missão que é educar. O Jardim de Infância do Forte Novo nasce, assim, com o propósito de promover o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças num ambiente que valoriza a aprendizagem, a curiosidade e a inclusão. É mais do que um edifício, é um lugar de afetos, de partilha e de descoberta onde as crianças terão sempre as suas primeiras experiências, aprendizagem e convivência.

Que sejam os passos da alegria, de descoberta e de crescimento, onde cada criança encontra oportunidades para aprender. É a Educação, sem dúvida, o maior investimento que podemos fazer. É com muito orgulho que testemunho hoje esta concretização de mais um passo significativo no caminho da escola pública de qualidade, moderna e muito humanista.

Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé:

Passado um ano depois de começar a funcionar, estamos aqui hoje. E estamos porque eu tinha uma imensa curiosidade em vir aqui ver como é que este JI do Forte Novo estava a funcionar.

Tinham-me dito que estava uma obra muito digna. Primeiramente, estas instalações tiveram como sua primeira função uma escola, a Escola Profissional de Gestão e Tecnologias Marítimas de Quarteira. Depois, passou a ser quartel da GNR e agora voltou a ser uma escola.

Voltou a ser uma escola desde o ano passado. E eu tinha curiosidade em vir ver porqueainda não tinha estado cá, ainda não tinha tido esse prazer e chegou agora o momento. E chegou o momento, também, para chamar a atenção para o trabalho da Câmara. Trabalho esse que concluo dentro de dias. E, portanto, era importante também dar nota pública do funcionamento deste Jardim de Infância aqui em Quarteira. Passámos a ter aqui mais umas salas de aula, mais dois refeitórios e tudo aquilo que compõe este espaço.

Aqui em Quarteira sabia-se, mas no Concelho não se sabia. Ouvi com alguma mágoa que a Câmara de Loulé não fez obra nenhuma no campo da Educação. Não é verdade, nós fizemos obra.

Agora, as necessidades cresceram de uma forma muito veloz e nós não fomos capazes de acompanhar esse crescimento repentino e que exigia respostas imediatas. Ora bem, quem trabalha na Administração Pública, os técnicos, os professores, nós, todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, têm responsabilidades na organização do Estado, sabem bem que as necessidades surgem de um dia para o outro e a capacidade de responder às vezes leva dois, três, quatro anos. E foi isso que tem acontecido no nosso Conselho.

Portanto, estarmos aqui hoje e termos aqui a imprensa, cuja presença agradeço, é uma boa oportunidade para dar nota pública de que mais uma escola foi feita aqui, e que se olharmos bem e fizermos um balanço do trabalho da Câmara nestes 12 anos, não é assim tão pequeno. Enumerando, e espero não me esquecer, nós temos agora – e não tínhamos – uma escola para o ensino especial, especializado na Música, que tem mais de 300 alunos e que é uma oferta diferente, uma oferta de ensino não convencional, de uma disciplina que apela à nossa criatividade, à sensibilidade musical.

Fizemos aqui mesmo em Quarteira a nova Escola Dom Dinis, que é uma escola toda nova, uma escola muito digna, muito bonita e com as melhores condições que podemos encontrar em Portugal. Ainda há dias ampliámos com mais 6 salas e outros equipamentos para o ensino profissional também, na Escola Engº Duarte Pacheco (Loulé). Preparámos também várias outras escolas que, entretanto, estavam encerradas e preparámo-las para adaptá-las e reequipá-las para poderem voltar a cumprir as suas funções.

Entre elas, escolas no Poço Novo, na Goldra, nas Escanxinas, na Alfarrobeira, na Fonte Santa, no Alto Relógio, fizemos a Escola das Hortas de Santo António, que também é toda nova. Temos aqui em Quarteira a construção de uma creche para 120 crianças e temos também para Quarteira um projeto todo concluído para uma escola para um ensino especializado da Dança, em todas as suas vertentes. Vai ser um acontecimento nacional. Fica em herança deste Executivo para o próximo Presidente da Câmara, Telmo Pinto, e o seu Executivo. Trata-se do CECQ – Centro de Educação e Cultura de Quarteira.

Portanto, como podem ver, houve aqui muito trabalho no campo da Educação ao longo de 12 anos e, hoje em dia, a política faz-se com pouca elevação. E é bom que as pessoas saibam que os atores políticos, aqueles que fazem política não façam afirmações públicas que não correspondem minimamente à verdade nem à realidade. Se assim fizermos, estamos a degradar a democracia. E a democracia é um bem que conquistámos há 50 anos, um bem preciosíssimo para que a sociedade se possa desenvolver de uma forma o mais possível harmoniosa, com respeito por todos, com respeito por todas as gerações, nomeadamente as crianças, e por todos nós. Portanto, perdoem-me esta nota um bocadinho de pedagogia política, mas a minha idade e o meu longo percurso político ao longo da minha vida permitem-me estar aqui à vontade e fazer essas afirmações.

E também quero dizer publicamente que a Câmara, numa das suas últimas reuniões, tomou a decisão de intervir em mais cinco espaços escolares. Três a construir de raiz, uma escola secundária em Almancil, outra em Loulé, uma escola J.I. e Ensino Básico aqui em Quarteira e mais duas escolas também em Almancil e em Quarteira, onde a Escola Secundária Drª Laura Aires, que é muito importante, importantíssima, não será uma remodelação, vai acontecer do mesmo que aconteceu à Escola Dom Dinis. Irá toda abaixo e iremos fazer ali uma escola de última geração, porque não pode ser de outra maneira. Aquela escola está em condições técnicas muito agradada, é um espaço fantástico para se fazer ali um grande projeto. Mas isso há de ser trabalho ali do Telmo Pinto, próximo Presidente da Câmara dentro de dias. Trabalhamos para as crianças porque o melhor investimento que podemos fazer é de facto para as crianças.

Como tudo isto se fez? Porque houve na Câmara gente muito dedicada. Houve um Departamento de Educação que aumentou muito o número dos seus técnicos, foram criadas três divisões nesse Departamento, portanto, houve muito trabalho. Claro que nem tudo correu bem e algumas coisas, devo dizer, correram mesmo mal. Mas o trabalho realizado é mérito dos técnicos da Câmara. E muito mérito também do Departamento de Obras e aproveito para cumprimentar aqui o diretor Joaquim Farrajota porque também eles estiveram sempre no centro do trabalho da Câmara para que isto fosse possível. Também não fizeram tudo aquilo que eu queria, mas o problema é esse, é que os políticos querem sempre muito mais do que aquilo que muitas vezes, tecnicamente, as estruturas técnicas dos municípios podem corresponder.

Faltam-nos muitas especialidades técnicas para podermos alavancar ainda mais todo o potencial que existe na economia e na administração pública em geral.

Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve