Opinião

Unidade urgente para defender os “Direitos Laborais”

Alpalhão, Lisboa, Covilhã, Sesimbra, Coimbra, Porto, Peniche, Aljezur… e aqui, na sua cidade. Em todo o país, um grupo de cidadãos faz soar o alarme: a nova reforma laboral do Governo não é modernização, mas sim um “retrocesso civilizacional” que ameaça os direitos conquistados com o 25 de Abril. E foi assim que apelou ao entendimento entre as Centrais Sindicais.

A proposta do Governo para a legislação laboral está a gerar ondas de preocupação. Para o grupo informal de cidadãos Amigos de Aprender (AAs), que se reúne há cerca de 25 anos para debater a atualidade social e política, e para a Base-FUT, esta reforma é vista como uma “contra-reforma” que agrava as condições de trabalho, retomando “padrões laborais anteriores à democracia”. E afirmam os AAs e a Base-FUT:

O que é proposto é demasiado importante e abrangente para nos deixar indiferentes“.

O grito de alerta: um apelo à unidade

Perante o que consideram uma profunda ameaça à dignidade do trabalho, os AAs e a Base-FUT lançaram, em julho/agosto, um APELO AO ENTENDIMENTO ENTRE AS CENTRAIS SINDICAIS. O objetivo é claro: exigir que a CGTP-IN e a UGT se unam em ações concretas para dar “voz e força ao combate “à proposta governamental”.

O abaixo-assinado reuniu cerca de 300 assinaturas de diversas áreas: sindicalistas, professores, profissionais de saúde, juristas, autarcas, políticos, académicos e ativistas, sublinhando a transversalidade da preocupação.

O documento entregue às centrais sindicais é incisivo: num momento de crescimento de forças populistas e de extrema-direita, e perante uma reforma “profundamente lesiva”, é urgente que o movimento sindical se una na defesa da democracia e dos direitos laborais.

Os promotores do apelo já se reuniram com as direções de ambas as centrais.

  • No dia 21 de setembro, o encontro com a CGTP-IN, que contou com o Secretário-Geral, foi “positivo”, reafirmando a total oposição da central às propostas.
  • No dia 28 de setembro, a reunião com a UGT, também na presença do seu Secretário-Geral, registou uma “ampla convergência de preocupações”. A UGT manifestou “disponibilidade para procurar formas de unidade na ação“.

DEZENAS DE SINDICATOS CONFIAM EM FORMAS DE LUTA CONVERGENTES

A 27 de setembro, em Lisboa, mais de duas dezenas de sindicatos da CGTP, da UGT e independentes, bem como diversas Organizações sociais, afirmam que «CONFIAM que a CGTP-IN e a UGT, perante esta profunda e grave ofensiva do Governo contra o Mundo Laboral, esgotadas todas as possibilidades negociais com o Governo e nos momentos considerados convenientes, saberão encontrar as formas de luta convergentes que venham a considerar-se necessárias, nomeadamente a convocatória simultânea de uma GREVE GERAL, para se alcançar o superior objetivo de a derrotar».

O apelo à mobilização está feito. A luta pela dignidade do trabalho e pelos direitos laborais exige uma resposta unida e forte. Como irá a sua região participar neste debate crucial? Como vão os seus colegas ser informados com verdade? Como vamos, todos afinal, manter os nossos direitos?

Grupo informal de cidadãos Amigos de Aprender (AAs)

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