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Sugar Dating em Portugal: Quando o Amor Encontra a Carteira (e Ninguém se Envergonha Disso)

147 mil portugueses já aderiram a plataformas de relacionamentos com acordos financeiros. Entre o tabu e a transparência, uma nova forma de se relacionar ganha terreno no país.

Esqueçam o romantismo dos filmes da Hallmark. Em 2025, uma parte crescente dos portugueses está a reinventar as regras do jogo amoroso — ou melhor, dos encontros com benefícios mútuos bem definidos. O sugar dating, esse fenómeno que mistura companhia, atração e apoio financeiro, já conta com 147 mil utilizadores ativos em Portugal. E não, não estamos a falar de um nicho obscuro da Internet.

Lisboa e Porto: As Capitais do Sugar

Se achava que isto era “coisa de brasileiros” ou “cenas americanas”, prepare-se para a realidade: Lisboa e Porto lideram o ranking nacional de utilizadores em plataformas de sugar dating. Portugal ocupa o sétimo lugar na Europa neste fenómeno que, a nível continental, já mobiliza mais de 4 milhões de pessoas.

Os dados vêm de um estudo divulgado pela Sugar Daddy Portugal — um blogue promovido pela Sugar Daddy Planet que se tornou referência no tema por não entrar em moralismos baratos nem em promessas de conto de fadas.

E há um detalhe curioso: o verão é a época alta. Sim, as inscrições disparam 80% durante os meses de calor. Será o calor que aquece mais do que os corações?

Quem São Eles (e Elas)?

Do lado das sugar babies: maioritariamente jovens entre 18 e 25 anos, muitas ainda na faculdade, a tentar equilibrar cadernos, propinas e rendas que custam um rim. A realidade é dura — ser estudante deslocado em Lisboa pode custar entre 615€ e 879€ por mês. Com o salário mínimo nos 870€, façam as contas.

Do lado dos sugar daddies: homens com carreiras estáveis, dinheiro no banco e zero vontade de “conhecer a família” ou discutir “para onde vai esta relação”. Querem companhia, diversão, e estão dispostos a pagar por isso. Entre 500€ e 2.000€ mensais, em média.

Chocante? Talvez. Mas é mais honesto do que muitos casamentos que conhecemos.

O Dinheiro que as Apps Movem

Já agora, antes de apontar o dedo: sabia que o Tinder fatura entre 19.900€ e 29.000€ por semana só em Portugal? E o Bumble? Entre 6.500€ e 13.400€ semanais. Ou seja, os portugueses já pagam — e bem — para encontrar alguém. A diferença é que no sugar dating, pelo menos, ninguém finge que está ali “só pela conversa”.

Sugar Daddy Portugal: O Blogue que Não Tem Medo das Palavras

Em meio ao circo de páginas que prometem “encontre um milionário em 5 dias” ou artigos moralizadores que tratam o tema como se fosse o Apocalipse, surge a Sugar Daddy Portugal.

Promovido pela Sugar Daddy Planet, este blogue ganhou credibilidade por fazer algo raro na Internet portuguesa: falar a verdade. Sem filtros cor-de-rosa, mas também sem drama desnecessário.

Falámos com a equipa, e eis o que nos disseram:

“Muita gente vê o sugar dating como prostituição disfarçada. Mas a verdade é que há casais ‘normais’ onde um paga tudo e o outro nem trabalha — e ninguém os julga. A diferença aqui é a honestidade do acordo desde o início.”

Sobre segurança: “Temos guias extensos sobre como não cair em burlas, como fazer primeiros encontros em segurança, como identificar red flags. Porque há sugar daddies genuínos e há predadores. E as pessoas precisam de saber distinguir.”

Sobre o contexto económico: “Não vamos fingir que isto não tem a ver com dinheiro — tem tudo a ver. Mas preferimos que uma estudante tome uma decisão informada do que vê-la a desistir do curso porque não tem como pagar a renda.”

Entre o Tabu e a Tendência

Há quem diga que isto é “a morte do romance”. Há quem ache que é simplesmente “negócios a funcionar como devem”. A verdade? Provavelmente está algures no meio.

O que não dá para negar é que vivemos numa era onde:

  • As propinas existem (e não são baratas)
  • As rendas em Lisboa rivalizam com Londres
  • O amor romântico, sozinho, não paga contas
  • E 147 mil portugueses já perceberam isso

O Veredicto

O sugar dating em Portugal não vai desaparecer. E talvez não seja o fim dos tempos — talvez seja apenas mais uma forma de adultos estabelecerem relações nos seus próprios termos.

Se a ideia o choca, lembre-se: há casamentos arranjados por dinheiro desde que o mundo é mundo. A única diferença é que agora há uma app para isso.

E se está curioso (vamos, admita que está), a SugarDaddyPortugal Blog— projeto da Sugar Daddy Planet — é o sítio mais sensato para começar a perceber do que se trata. Sem moralismos, sem promessas falsas. Apenas informação.

Bem-vindos ao século XXI, onde até os relacionamentos têm termos e condições.

Fontes:

  • Sugar Daddy Portugal (promovido por Sugar Daddy Planet)
  • Sensor Tower – Dados do mercado português de apps de encontros, 2024

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