O Município de Loulé participou ativamente na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), realizada em Belém do Pará, Brasil, sublinhando o papel decisivo da governação local no combate global à crise climática.

Sob o tema “Ambição e Ação pelo Clima”, esta primeira edição da COP na Amazónia teve um forte simbolismo, colocando a floresta tropical, a biodiversidade e o saber das comunidades indígenas no centro do debate sobre adaptação e soluções baseadas na natureza.
Integrando o painel “Agir Local, Impacto Global – A Ação Climática de Proximidade”, Loulé partilhou o seu percurso pioneiro em Portugal na mitigação climática, destacando-se ao lado de entidades como o Fórum da Energia e Clima, o Município de Guimarães e o Ministério do Ambiente de Angola.
Dos resultados da cimeira, destaca-se o “Pacote de Belém”, aprovado por consenso por 195 países, com 29 decisões sobre financiamento da adaptação, tecnologia e justiça climática. Reafirmou-se o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5 °C, embora os atuais compromissos nacionais apontem ainda para uma trajetória de 2,3 a 2,5 °C. Avançou-se no compromisso de triplicar o financiamento para adaptação em países vulneráveis, embora persistiram divergências sobre a eliminação progressiva de combustíveis fósseis e o combate à desflorestação.
Portugal apresentou-se com um Plano Nacional Energia e Clima (PNEC 2030) revisto e mais ambicioso, estabelecendo metas de redução de emissões em 55% (face a 2005) e de 51% de energias renováveis no consumo final.
No seguimento da sua participação, Loulé reafirma o compromisso de operacionalizar o Reconhecimento de Emergência Climática aprovado em dezembro de 2024. O município irá intensificar os esforços para reforçar a resiliência do território, assegurando uma transição justa e inclusiva, com ações concretas de resposta imediata e preparação do futuro.
O Presidente da Câmara Municipal, Telmo Pinto, defende que “as alterações climáticas exigem uma resposta firme da política local”, sublinhando que o compromisso das autarquias com a sustentabilidade, a adaptação dos territórios e a proteção dos recursos naturais deve ser um eixo central da ação pública, em particular no Algarve.




