
O Bloco de Esquerda do Algarve está empenhado em que a Greve Geral tenha uma grande adesão. Tal é indispensável para que seja possível derrotar o Pacote Laboral do Governo.
Sendo o atual Código de Trabalho já muito desfavorável aos trabalhadores, a aprovação das alterações que o governo da AD pretende, de braço dado com o Chega e a IL, e que as grandes associações patronais aplaudem, seria uma ainda maior perda de direitos laborais.
Ao todo são 100 propostas, todas negativas para quem trabalha:
– Facilitam ainda mais os despedimentos e permitindo-os sem justa causa.
– Desregulam os horários de trabalho, generalizam o banco de horas e o trabalho suplementar não pago. Forçam a redução dos salários.
– Eternizam o trabalho precário para quem começa a trabalhar nessa condição e aumentam as outras contratações a prazo.
– Aumentam a extinção dos contratos coletivos procurando facilitar ainda mais as condições laborais abaixo do que a própria lei prevê.
– Atacam a liberdade sindical querendo aumentar o impedimento dos sindicatos entrarem nas empresas.
– Restringem o direito à greve generalizando os serviços mínimos em todos os sectores laborais.
Contra este ataque brutal os ativistas do Bloco no Algarve procuram ajudar os sindicatos na distribuição dos seus comunicados e na explicação à população das propostas do Governo, mobilizando para a adesão à Greve Geral.
Muitos trabalhadores manifestam-se incrédulos perante a gravidade das intenções governamentais. Outros consideram que não será possível vencer o Governo e que o melhor é não fazer ondas para não serem despedidos. Outros ainda, não querem nada com greves e repetem o velho slogan fascista de que a sua política é o trabalho.
Mas, pelo contrário, muitos outros afirmam que farão a Greve e que não desistem da luta. Foi o que mostraram as recentes greves da Administração Pública e as manifestações em Lisboa e no Porto, em que a de 8 de novembro em Lisboa reuniu mais de 100.000 participantes.
Contra as mentiras do Governo de que a greve só teria razão depois de se ver o que será aprovado na AR (?), do grande patronato que ainda quer pior, e de muitos dos comentadores que só lançam a confusão, os sindicalistas procuraram esclarecer mostrando a unanimidade de todas as centrais sindicais e dos sindicatos independentes em apoiarem a Greve Geral.
Lembram a realidade dos salários cada vez a chegarem menos ao fim do mês. A Habitação inacessível, o custo de vida cada vez mais alto e com tendência a crescer pela loucura do Orçamento para 2026 que quer mais despesas para a guerra e menos para os serviços públicos e o bem-estar das famílias.
Portanto, se não lutarmos agora pior será no futuro! Só a manifestação pública do grande descontentamento popular, só a adesão à Greve Geral poderão derrotar a arrogância do Governo e dos que querem engordar ainda mais à custa do suor de quem trabalha.
Finalmente, o Bloco apela à participação nas concentrações que, no dia 11, se vão realizar:
– Em Faro, pelas 11.30h, em frente à CCDR (Largo da Liberdade – Pontinha).
– Em Portimão, a partir das 8.30h, em frente à Câmara Municipal.
O Secretariado da CCD do BE do Algarve
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