Mário Sousa, residente em Alféloas, Anadia, recebeu uma carta da empresa Via Livre, na passada quinta-feira, dia 2 de Agosto, a notificá-lo para efectuar o pagamento de uma portagem na Scut do Algarve, A22, em Loulé, no valor de 3,29 euros.Esta passagem terá acontecido no dia 9 de Fevereiro de 2012.
Tudo estava correcto não fosse o facto de Mário Sousa, não ter carro, nem nunca ter tido e por outro lado, também não ter carta de condução de automóvel. Apenas de motorizada. O caricato da situação é que a matrícula mencionada na notificação diz respeito à sua scooter.
Por outro lado, Mário Sousa refere que era impossível ter passado naquela auto-estrada naquele dia e àquela hora, porque à data encontrava-se em Londres para onde tinha viajado a 27 de Janeiro de 2012, tendo regressado a 6 de Abril, 6ª feira santa.
Destacou ainda o pormenor de que as scooters, segundo a lei, não podem andar em auto-estradas. “Como é possível terem enviado esta carta para mim”, questionou, considerando que “deve ter sido alguém que fez uma matrícula falsa para não pagar as portagens e tive azar, pois colocaram os números e letras referentes à matricula da minha scooter”.
“Situação chata”
Quando recebeu a carta deslocou-se à GNR de Anadia para saber o que deveria fazer. Aí indicaram-lhe que deveria enviar uma cópia do livrete para a empresa que explora aquela SCUT. Depois ligou para o apoio ao Cliente da empresa “Via Livre” onde lhe disseram a mesma coisa. De imediato enviou, em carta registada, a fotocópia do documento.
Mário Sousa confessou que “esta situação é um bocado chata. Vamos supor que tinham feito um assalto ou até matado alguém. Neste momento, poderia estar metido numa série de problemas sem o saber”, acrescentando que “a única coisa que quero é que ninguém me chateie. Já por isso ando sempre com os documentos da scooter para evitar algum problema”.
“Penso que antes de enviar a carta a pedir-me o dinheiro, a empresa devia ter confirmado se a matricula correspondia mesmo a um carro ou a uma motizada”, afirmou.
Considerou ainda que, devido a esta situação, “tive de deixar de trabalhar para ir tratar deste assunto e gastar dinheiro a telefonar e enviar a cópia do documento, sob pena de me trazer ainda mais complicações”.
“Foi a primeira vez que tal me aconteceu”, referiu. “Espero que com o envio da fotocópia do livrete a situação fique resolvida e não me voltem a chatear”, frisou.
Texto: RB
Foto: PlanetAlgarve
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