No dia 7 de setembro, a partir das 15h30, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, a Associação APEOralidade apresenta “Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida”, um livro de Clementino Domingos Baeta – discípulo do grande poeta popular algarvio António Aleixo.
Sábado, dia 7 de setembro, pelas 15h30, vai ser apresentada ao público na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, em Albufeira, a obra “Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida”, o segundo volume da obra de Clementino Gomes Baeta. Trata-se de uma edição da Associação APEOralidade que conta com a análise crítica do investigador J. Ruivinho Brazão, prefaciada por João David Pinto Correia, José Victor Adragão, Maria Aliete Galhoz e António de Abreu Freire. A apresentação da obra vai ficar a cargo do Professor Doutor João Minhoto, da Universidade do Algarve.
Clementino Baeta nasceu em Almancil em 1913, onde cresceu num ambiente de grande sensibilidade nas áreas da música, dança, canto e poesia. Aos 11 anos de idade já ouvia atento António Aleixo nas tertúlias da Bordeira e de Santa Bárbara de Nexe e atreve-se a escrever um poema que recebe o aplauso do Mestre. Aleixo convida- o para ilustrar a sua poesia através do canto, antevendo com palavras proféticas o futuro poético do discípulo. Trabalha na agricultura com o pai ao mesmo tempo que frequenta as sociedades recreativas da região, onde se revela na poesia, canto, teatro e fado. Aos 34 anos emigra para a Venezuela, país onde permanece durante 25 anos. Regressa em 1980 e retoma o convívio com os amigos e a participação nas tertúlias poéticas. O vol. I da sua obra estava pronto e seria publicado 2 anos mais tarde. Foi nessa altura que Ruivinho Brazão, investigador da oralidade, atualmente responsável pela Direção da APEOralidade o conheceu, iniciava-se um contacto de oito anos, prometedor, singular que só o desaparecimento de Clementino Baeta viria a interromper em 1988.
“Sonhos de Emigrante – À Janela da Vida” é uma espécie de tributo de J. Ruivinho Brasão e da Associação que dirige ao poeta de Almancil. São 288 páginas onde se revelam o canto épico do emigrante, da mulher e do amor, da poesia e do poeta e o elogio do Mestre António Aleixo; a sapiência colhida entre a chegada e a partida, o canto da festa, do trabalho, da vida, dos valores intemporais do homem, do seu país e da sua terra.





