O deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, considerou na segunda-feira, em plena audição ao ministro da Saúde, que o Governo mentiu em relação ao fecho das extensões de saúde de Azinhal e de Odeleite, em Castro Marim.
Na audição ao governante, realizada no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014, o parlamentar comunista confrontou Paulo Macedo com uma posição anterior do Governo, que contrariava a decisão de fechar as extensões de saúde.
Em Abril de 2013, o Ministério da Saúde informou o PCP sobre as suas intenções relativamente às duas extensões em causa, que não passavam pelo encerramento, mas, pelo contrário, na “execução de obras de conservação e beneficiação [na extensão de Odeleite], tendo sido considerada prioritária para o corrente ano [2013]” e na informatização da extensão de Azinhal.
Recentemente, logo após as eleições autárquicas, o governo procedeu ao encerramento das extensões de saúde de Azinhal e de Odeleite, “com claro prejuízo para a população, muito envelhecida”, assinala o PCP.
“O Governo mentiu ao parlamento e às populações do Azinhal e de Odeleite, fazendo crer que iria investir na melhoria das condições de funcionamento das extensões de saúde, quando, na realidade, planeava encerrá-las”, denunciam os comunistas, em comunicado.
Para o PCP, “este comportamento do Governo é inaceitável”.
O grupo parlamentar do PCP questionou ainda o ministro da Saúde sobre a construção do Hospital Central do Algarve, o qual tinha identificado, no passado, “como uma prioridade nacional”.
Na sua resposta, Paulo Macedo “já não identificou o Hospital Central do Algarve como prioridade, nem assumiu qualquer compromisso quanto à sua construção em 2014 ou nos anos seguintes”, relata o PCP, que promete voltar a questionar o governo sobre esta matéria.
Em relação à fusão dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos no Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Paulo Sá questionou o ministro da Saúde sobre eventuais orientações, transmitidas ao conselho de administração do CHA, para o encerramento de serviços ou valências com vista à redução da despesa pública no sector da saúde, mas Macedo “optou por não responder a esta pergunta”.
Fonte: RCM Pharma
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