Algarve

BE questiona autarquias do Algarve sobre perigos para a saúde pública

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, através do deputado eleito pelo Algarve, João Vasconcelos, quer saber se as 16 autarquias da região, usam glifosato nos espaços urbanos, qual a quantidade utilizada de pesticidas com esta substância e qual o plano das respetivas autarquias no sentido de abandonar este uso e implementar outros métodos.

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Assim, em requerimento enviado às 16 autarquias do distrito de Faro, João Vasconcelos alerta para os perigos da utilização deste herbicida, “o mais utilizado no País e no Mundo”, e acrescenta “tratar-se de um composto com uma utilização sistémica não seletiva, de venda livre e de fácil acesso”.

Tal facto, comporta preocupação, uma vez que a Agência para a Investigação para o Cancro, da Organização Mundial de Saúde, declarou o glifosato como “carcinogéneo provável para o ser humano”, e as investigações identificam uma relação entre a exposição ao herbicida e o Linfome não Hodgkin, um tipo de cancro do sangue que mais se regista em Portugal, surgindo cerca de 1700 casos novos por ano.

O Bloco de Esquerda apresentou já propostas no sentido de proibir o uso do glifosato e de implementar métodos alternativos. E o deputado esclarece “consideramos imperiosa a promoção de espaços públicos sem glifosato e livres de pesticidas com recurso a meios mecânicos, térmicos, manuais ou outros, pois é essencial proteger a saúde pública e o ecossistema”, o que justifica o envio destes requerimentos aos municípios.

É de realçar que também a Quercus e a Plataforma Transgénicos Fora lançaram já um apelo público para que as autarquias portuguesas deixem de usar glifosato nos espaços urbanos, alertando para o risco ambiental e para a saúde pública desta prática generalizada no País.

Por: Bloco de Esquerda Algarve

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