- Preservação da floresta mediterrânica face às alterações climáticas motiva workshops
- Iniciativa traz especialistas ao interior do Algarve para debater soluções no combate à seca.

As consequências que advêm das alterações climáticas são uma realidade impossível de ignorar e exigem mudanças, em todos os setores, a curto prazo. Com períodos de seca cada vez mais longos e temperaturas médias, de ano para ano, mais elevadas, a preservação da floresta mediterrânica é uma preocupação. O Algarve enfrenta atualmente uma situação de seca severa na maior parte dos concelhos, sendo uma das regiões do território nacional onde menos tem chovido. As preocupações com a escassez hídrica têm, por isso, vindo a aumentar. Se a chuva não chegar nos próximos meses, não só faltará água para consumo público, como também para manter as atividades agrícolas e pastoris e assegurar a sobrevivência da floresta mediterrânica e dos seus ecossistemas. Debater este tema, no sul do país, reveste-se, por essa razão, de importância acrescida.
Para abordar o assunto e apresentar possíveis soluções, a Fundação Manuel Viegas Guerreiro (FMVG) e a Câmara Municipal de Loulé (CMLoulé), com a colaboração da Universidade do Algarve, juntam especialistas da área florestal, num evento duplo, que integra dois workshops.
O encontro tem lugar na aldeia de Querença, no Auditório da Fundação, no próximo dia 22 de novembro, entre as 14h00 e as 18h00.
Um dos convidados é Nuno de Almeida Ribeiro, investigador do Instituto de Ciências da Terra (ICT) e professor na Universidade de Évora. Numa intervenção com início às 14h30, o docente aborda o tema ‘Os desafios da gestão adaptativa dos ecossistemas florestais e silvopastoris mediterrânicos num contexto de alterações climáticas’.
Duas horas mais tarde, às 16h30, e após uma curta pausa entre workshops, Teresa Soares David, investigadora no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), traz à discussão a temática ‘Adaptação das florestas à seca. O papel dos sistemas radiculares na captação de água em profundidade’.
Neste conjunto de workshops, após as intervenções dos especialistas, o público é convidado a colocar questões, numa conversa aberta, onde o objetivo é estabelecer uma profícua partilha de ideias.
Este duplo evento, que já é o segundo do género, tendo o primeiro decorrido no passado mês de junho, acontece no âmbito do projeto ‘Valorização e Aproveitamento da Floresta Mediterrânica, o caso do Concelho de Loulé’, resultante de uma candidatura conjunta entre a Fundação Manuel Viegas Guerreiro e a Câmara Municipal de Loulé, ao abrigo do Plano de Ação de Desenvolvimento de Recursos Endógenos (PADRE).
A iniciativa é pública e gratuita, embora sujeita a inscrição, que pode ser realizada através do site do projeto, presencialmente na sede da Fundação e/ou através do telefone 289 414 213.
A sessão será também transmitida via streaming no canal de YouTube da Fundação.
Programa detalhado do evento em anexo.
