
Na sequência da subida das taxas de juro anunciada há poucos minutos pelo BCE, Miguel Cabrita, responsável do idealista/créditohabitação Portugal, explica que “a notícia tem uma dupla vertente consoante o público a que se dirige: para as famílias com crédito habitação de taxa variável, este novo aumento representa um duro golpe devido ao aumento que irão sofrer nas suas prestações mensais, o que pode acabar por colocar em dificuldades os agregados mais vulneráveis. Não esqueçamos que em março do ano passado a Euribor a 12 meses ainda estava negativa, pelo que a revisão anual da prestação mensal vai levar a um aumento significativo.
Por outro lado, as medidas aplicadas pelo regulador europeu para combater a espiral inflacionista parecem estar a ter um maior impacto na capacidade económica das famílias com empréstimos do que no próprio mercado imobiliário, que embora esteja a abrandar ligeiramente face a 2022 , não está a desacelerar de maneira significativa.
Adicionalmente, e ao contrário do que possa parecer, estes aumentos das taxas de juro e da Euribor não estão a ser transferidos de forma tão forte para o preço dos novos créditos habitação que estão a ser oferecidos pela banca. Os bancos pretendem continuar a emprestar dinheiro e a concorrência entre entidades financeiras para atrair clientes solventes é ainda difícil. Desta forma, o aumento do custo do financiamento não está, pelo menos para já, a impactar tanto o mercado imobiliário como previam alguns especialistas”, conclui o especialista.
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