Desporto

Sérgio Ribeiro, ciclista do Louletano, suspenso por 12 anos termina carreira

Ciclista do Louletano vê terminada a sua carreira, depois de detetadas anomalias no seu passaporte biológico e de um positivo por EPO.

Sérgio Ribeiro corta a meta em 1.º lugar

Sérgio Ribeiro corta a meta do Grande Prémio Joaquim Agostinho em 1.º lugar

O ciclista Sérgio Ribeiro (Louletano-Dunas Douradas) foi suspenso por 12 anos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) na sequência de anomalias no passaporte biológico.

Fonte ligada ao processo disse à Lusa que o órgão disciplinar da FPC deliberou aplicar uma pena de 12 anos de suspensão de toda a atividade desportiva a Sérgio Ribeiro, a que se descontam 18 dias em que o corredor esteve suspenso preventivamente.

Sérgio Ribeiro está, portanto, suspenso de toda a atividade desportiva até ao dia 14 de julho de 2025.

Por ser reincidente, o ciclista de 32 anos, que foi suspenso dois anos em 2007 devido a um positivo por EPO, enfrenta uma pena pesada que põe um ponto final na sua carreira.
Além da suspensão, Ribeiro vê anulados todos os resultados desportivos nas provas em que participou desde 6 de janeiro de 2011, data do primeiro resultado anómalo do perfil hematológico do corredor.

Sérgio Ribeiro garante que não se dopou

Suspenso por 12 anos, assegura ter relatórios que demonstram que o passaporte é perfeitamente normal.

O ciclista Sérgio Ribeiro, suspenso 12 anos por irregularidades no passaporte biológico, garantiu à agência Lusa estar inocente e de consciência tranquila, negando ter-se dopado. “Estou de consciência tranquila. Tentei sempre defender-me neste caso com a maior clareza possível, a consultar médicos, hematologistas, médicos peritos no passaporte. Tenho relatórios em meu poder que me dizem que o meu passaporte é perfeitamente normal, é de um desportista normal. Estou de consciência tranquila, agora estou muito triste. Isto arruína completamente com a minha carreira, com a minha vida”, disse.

Sérgio Ribeiro, que ainda não foi notificado da decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), quis falar “abertamente” do caso por não ter “nada a esconder”. “Não temo nada. Infelizmente estou a passar por isto. Estas pessoas parecem que brincam com a vida de uma pessoa. Tenho relatórios meus que dizem que o meu passaporte é supernormal. Os peritos da ADoP dizem que é anormal. Eles é que mandam. Como é que eu me vou defender quando quem manda não aceita as justificações mesmo que sejam médicos especializados no assunto?”, questionou.

Para o vencedor da camisola da regularidade da Volta a Portugal de 2010 e 2011, a Autoridade Antidopagem de Portugal faz o que quer e “ponto final”. Sérgio Ribeiro assegurou estar disposto a esclarecer tudo e a entregar os relatórios em seu poder. “O que eles dizem é que estiveram a analisar o meu passaporte biológico e que é altamente provável que as variações, que não sei quais são, podem ser por métodos ou vias ilegais. Quando fui confrontado com isso – estamos a falar de análises de 2011 — recorri aos meus médicos, a pessoas que me pudessem dar alguma segurança para me saberem explicar o que se estava a passar. E pensando o que tive, vírus, etc., nessa data chegaram à conclusão que não faz se quer sentido”, contou.

“Serginho”, que confessou estar “destroçado” até pelo timing da decisão – a 75.ª Volta a Portugal arranca na quarta-feira -, não põe de parte que o seu caso se deva ao facto de ser “um alvo muito fácil” por ter “um passado” e de ser preciso justificar o dinheiro gasto no passaporte biológico. “Em 2007, assumi, porque sou homem suficiente. Nunca precisei de andar a mentir a ninguém. Cometi esse erro, ponto final, assumi e tive um castigo merecido. Não posso andar a vida inteira a ser condenado e apontado por um erro do passado. Agora depois de tantos controlos, não me apanharem substância nenhuma… não sei o que pensar”, continuou, recordando o positivo por EPO que o fez estar suspenso por dois anos.

O ciclista de 32 anos garantiu que vai recorrer da pena imposta pela FPC para tentar provar a sua inocência. “Seja daqui a um mês, dois, um ano, quatro. Quero provar a minha inocência. Vou falar com o meu advogado, para que um dia mais tarde as pessoas vejam que foi cometida uma grande injustiça”, concluiu.

Artigos relacionados:

Troféu Joaquim Agostinho | Sérgio Ribeiro (Louletano/Dunas Douradas) em 2.º a 13s

1.ª etapa do Troféu Joaquim Agostinho | Sérgio Ribeiro (Louletano/Dunas Douradas) de amarelo

 

Categorias:Desporto, Loulé

PlanetAlgarve