Com algumas novidades mas com o mesmo espírito de sempre, o Festival MED regressou à Zona Histórica de Loulé para quatro dias de muita animação e sobretudo muita (e boa) música, reafirmando uma vez mais o seu papel no contexto dos festivais de World Music da Europa.
- Dino D’Santiago – Festival MED / CML
- Gisela João – Festival MED / CML
- Jahcoustix – Festival MED / CML
- La Selva Sur – Festival MED / CML
- Palco na Cerca do Convento – Festival MED / CML
- Palco na Cerca do Convento – Festival MED / CML
- Turtle Island
- Vista de Rua – Festival MED / CML
De 25 a 28 de junho, perto de 60 artistas passaram pelos seis palcos do recinto espalhados pelo casco medieval da cidade, este ano a apresentar já algumas melhorias fruto das obras de reabilitação urbana que estão em curso.
Do Japão à Colômbia, passando pelo Níger, Congo, Brasil ou Espanha, sem esquecer as bandas nacionais, a 11ª edição do MED trouxe uma mescla musical de grande qualidade artística a que tem habituado o público ao longo dos anos e que o tornam num evento único.
Os destaques deste ano vão para os japoneses Turtle Island que num espetáculo portentoso baseado no punk rock mas com elementos tradicionais da música japonesa, indiana e coreana, soaram bem alto as distorções das guitarras elétricas.
As bandas originárias de África mostraram o porquê da sua importância no contexto da World Music. Do Níger, Bombino mostrou a forma exemplar como usa a guitarra e que lhe valeu o apelido de “Hendrix do deserto”, enquanto que Jupiter & Okwess International vieram do Congo para erguer a bandeira da Bofenia Rock.
O reggae não podia faltar neste Festival e esteve este ano representado pelo alemão Jahcoustix, um dos maiores valores do reggae europeu da atualidade, e pelo encontro inusitado entre o rastaman Winston McAnuff e o parisiense Fixi com o seu acordeão.
Num dos momentos mais altos da 11ª edição do MED, os ritmos caribenhos dos colombianos Bomba Estéreo contagiaram o público que nesta noite encheu por completo o recinto da Matriz.
No que diz respeito aos nomes portugueses, Gisela João, uma das referências da nova vaga do fado, conquistou o público com a sua voz singular e a alma que o fado transmita enquanto que Dino d’Santiago, a atuar na sua terra natal, trouxe os ritmos quentes de Cabo Verde inscritos no seu álbum “Eva”.
Para além de muita música, o Festival MED é também uma fusão cultural e este ano a animação, as exposições, arte de rua, artesanato e naturalmente a gastronomia mediterrânica encheram as estreitas e tortuosas ruas de Loulé de cheiros, cores e sabores.
Segundo o diretor do Festival, Hugo Nunes, “este ano o MED afirmou-se novamente como um dos melhores festivais de World Music da Europa, com um dos cartazes mais ecléticos da sua história”. Este responsável adianta ainda que “o regresso ao formato de três dias oficiais permitiu recuperar o espírito festivaleiro inerente a este evento, enquanto que o Open Day possibilitou que todas as pessoas tivessem contacto com as várias vertentes do MED, da música ao artesanato, passando pela gastronomia”.
Por: Município de Loulé
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