O Banco de Tempo (BdT) de Quarteira inaugurou ontem uma exposição de fotografia, intitulada “15 anos, 15 histórias”, pretendendo assinalar os 15 anos da introdução do Banco de Tempo em Portugal, numa iniciativa do GRAAL. A exposição está patente ao público no Centro Autárquico de Quarteira até ao dia 30 de julho.
Uma exposição que está a passar por todas as agências do Banco de Tempo criadas em Portugal.
Segundo a coordenadora do Banco de Tempo de Quarteira, Isabel Pinto, “estamos aqui a inaugurar esta exposição que foi organizada pelo Graal, a casa mãe de todas as agências do Bando de Tempo no nosso país. A exposição surge porque fez este ano 15 anos que Maria de Lourdes Pintasilgo, fundadora e na altura presidente do Graal, trouxe para Portugal o Banco de Tempo. O Graal convidou todas as agências do Banco de Tempo do país para escolherem uma pessoa a quem o Banco de Tempo tenha, de alguma maneira, ajudado e contribuído para mudar a vida para melhor. Em Quarteira, a pessoa escolhida foi Rosália Amador, a qual, nesta exposição, representa e dá a cara pela agência de Quarteira. A fotógrafa profissional Inês d’Orey, a pedido do Graal, andou pelas agências de todo o país a fazer sessões fotográficas às pessoas escolhidas por cada agência e o resultado é o que está agora à vista de todos. São duas exposições itinerantes, uma que parte do Norte e outra do Sul, ambas em direção a Lisboa. Esta é a primeira exposição no Sul. É claro que isto mexe connosco. É o Banco de Tempo. É a nossa maneira de ser. É aquilo que nós somos, aquilo que nós fazemos, aquilo que nós sentimos. Eu não sou sozinha. É um grupo muito grande e estão aqui algumas dessas pessoas. Este é o nosso trabalho. A maneira como levamos este projeto para a frente é a maneira como o Banco de Tempo é: um sítio onde nos apresentamos como somos e exprimimos o que sentimos”.
Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, Telmo Pinto, sublinhou: “É impressionante a força que vocês têm. O Banco de Tempo é um conceito mas se não forem as pessoas e aquilo que vocês são, não há Banco de Tempo nenhum que ande para a frente. Portanto, está aqui um trabalho muito bonito e profissional mas depois é preciso olhar para o significado das frases e perceber aquilo que sentimos. Hoje em dia, o muno está muito acelerado e não olhamos para a pessoa que está ao lado. Deixámos de gerir e servir as pessoas. Esquecemos um pouco as pessoas, o conceito de pessoa e, para mim, o Banco de Tempo é isso: O conceito da solidariedade que têm uns pelos outros, parar e olhar para esta sociedade tão acelerada, tão materialista, onde as pessoas precisam de algo mais, de um sentimento, um abraço, um carinho, alguma necessidade física também, não só material. Portanto, parabéns pelo trabalho que desenvolvem e obrigado por nos envolverem nos projetos que vão fazendo. Vocês aparecem em todo o lado, participam, são vocês que criam estas dinâmicas e, por isso, o meu muito obrigado e contem sempre connosco naquilo que for necessário”.
Já para a vereadora da Câmara Municipal de Loulé, Ana Machado, “acho que já foi tudo dito. O Banco de Tempo é dar e receber. Obrigada por existirem”.
Por: Jorge Matos Dias / PlanetAlgarve
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